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Catar admite morte de ‘entre 400 e 500’ trabalhadores durante preparativos para a Copa

Catar admite morte de 'entre 400 e 500' trabalhadores durante preparativos para a Copa
O chefe da organização da Copa do Mundo do governo do Catar, Hassan Al-Thawadi, durante entrevista em março de 2022. — Foto: Darko Bandic/ AP
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Hassan Al Thawadi, um dos chefes da organização do Mundial, disse em entrevista que cerca de 500 operários morreram durante os preparativos; órgão cita 40 mortes, mas investigação aponta para 6.500 óbitos

 

O chefe da organização da Copa do Mundo no governo do Catar, Hassan Al-Thawadi, afirmou nesta terça-feira (29) que “entre 400 e 500 pessoas” morreram durante a construção dos estádios que sediam a Copa do Mundo de 2022.

Foi a primeira vez que o governo catariano falou em número de mortos, uma incógnita há anos levantada por Organizações Não Governamentais (ONGs), que denunciaram condições degradantes de trabalhadores que construíram a infraestrutura do Mundial do país, a maioria deles imigrantes.

O balanço foi feito por Al-Thawadi durante uma entrevista à rede de TV britânica “Talk TV”. Ao jornalista inglês Piers Morgan, ele admitiu que é preciso melhorias em seu país.

“A estimativa (de trabalhadores imigrantes que morreram durante a construção de infraestrutura para a Copa) é de entre 400 e 500. Não tenho o número exato, isso é algo que ainda está sendo discutido (…). Sim, melhoras têm que ser feitas”, disse o catariano durante a entrevista.

Ativistas colocam cruzes em frente à sede da Fifa na Suíça em protesto por direitos trabalhistas na construção de estádios para a Copa do Mundo do Catar. Entidade elege nesta sexta-feira (29) seu próximo presidente.  — Foto: Ennio Leanza/Keystone via AP
Ativistas colocam cruzes em frente à sede da Fifa na Suíça em protesto por direitos trabalhistas na construção de estádios para a Copa do Mundo do Catar. Entidade elege nesta sexta-feira (29) seu próximo presidente. — Foto: Ennio Leanza/Keystone via AP

O total de mortes, segundo Al-Thawadi, não corresponde apenas a trabalhadores que construíram os estádios – entre esses, o número de vítimas fatais foi de três durante a jornada de trabalho e 37 fora dela.

No geral, a grande maioria dos trabalhadores morreu durante a construção dos preparativos da infraestrutura geral, como pontes, estradas, hotéis e obras de saneamento. A causa direta das mortes ainda não foi divulgada.

Desde que foi escolhida para sediar a Copa de 2022, o Catar vem sendo alvo de denúncias de maus tratos desses trabalhadores por ONGs como Anistia Internacional e Human Rights Watch.

As organizações falam de centenas de mortos e jornadas de trabalho de mais de 14 horas por dia sob o forte calor do país sem folga e com tratamento degradante por parte das empresas contratantes.

O governo do Catar nega.

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Fonte: Com informações G1/estadão

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