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Gabriel Galípolo se distancia de críticas a Campos Neto na crise do Banco Master

Gabriel Galípolo se distancia de críticas a Campos Neto na crise do Banco Master
© Agência Brasil

(FOLHAPRESS) – O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, decidiu não responsabilizar Roberto Campos Neto, seu antecessor, pela crise envolvendo o Banco Master.

A reportagem apurou que Galípolo enfatiza a posição técnica da análise da compra do Master, buscando desvincular questões políticas em um cenário brasileiro cada vez mais polarizado. O presidente defende a atução regulatória da autarquia.

Desde que o BRB (Banco de Brasília) anunciou a aquisição do Master no final de março, críticos do PT e aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm apontado Campos Neto como responsável pela inação diante de operações de risco envolvendo precatórios e CDBs garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), dirigidas por Daniel Vorcaro, proprietário do Master.

Entre os críticos está o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, que apresentou uma representação ao Ministério Público Federal do Distrito Federal, pedindo a investigação de Campos Neto e dos gestores do Banco Master em supostas manipulações com precatórios.

Após ser procurado, tanto o BC quanto Campos Neto não se pronunciaram sobre as acusações.

Vale destacar que Campos Neto possui relações com o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do Partido Progressista, que tentou, no ano passado, aprovar uma emenda para aumentar a cobertura do FGC de R$ 250 mil para R$ 1 milhão, sem sucesso.

Ricardo Capelli, presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), critica o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pela compra do Master. Galípolo estava à frente da área de política monetária do BC quando uma nova norma foi implementada em outubro de 2023, que fortaleceu as regras sobre o registro de precatórios nos balanços dos bancos.

Na representação ao MPF, Lindbergh menciona a norma que permitiu a omissão de riscos por parte do Master e outras instituições em relação a precatórios e direitos creditórios.

Conforme revelado pela Folha de S.Paulo, essa norma precedeu em três meses a proibição, evitando uma corrida dos bancos para aquisição de precatórios antes que as regras fossem endurecidas.

Recentemente, o BC modificou o funcionamento do FGC, impactando as estratégias do Master e de outros bancos na venda de CDBs com altas rentabilidades, amparadas pela propaganda de segurança oferecida pelo FGC.

Embora as regras tenham sido ampliadas para conter o uso abusivo do BC, grandes bancos consideraram as mudanças insuficientes e estão em negociações com o BC para reformular a contribuição do FGC, conforme reportagens.

Pessoas próximas a Galípolo destacam sua determinação em priorizar a inovação e a concorrência no sistema bancário, o que viabilizou o crescimento dos bancos digitais e o fortalecimento de novos meios de pagamento, como o Pix.

Desde que assumiu a posição no BC em janeiro deste ano, Galípolo tem evitado se associar às críticas direcionadas a Campos Neto. Em entrevistas, enfatizou seu papel em decisões relevantes, como o aumento da taxa Selic em um ponto percentual em dezembro passado, enquanto Campos Neto ainda era o presidente do BC.

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