Na manhã desta quarta-feira (3), o advogado da família de Caio Campos Domingues, ciclista morto a tiros no dia 4 de abril, em Lavrinha, distrito de Jaguaraçu, no Vale do Aço, apresentou as conclusões da investigação e a denúncia oferecida pelo Ministério Público para a imprensa.
Segundo investigação da Polícia Civil, o executor e a esposa da vítima passaram o dia juntos e até compraram roupas, pagas por PIX do filho da vítima, para o momento do crime. O advogado Ignácio Barros revelou que os suspeitos viraram réus após a denúncia aceita pelo juiz.
Conforme a polícia, tanto a esposa quanto João Victor confessaram o crime. O homem teria admitido um relacionamento extraconjugal com Luith e revelou que foi contratado por R$ 10.000,00 para cometer o homicídio, fornecendo detalhes do acordo e da execução.
Juiz afirma violações de direitos fundamentais
O juiz alega que as prisões em flagrante não deveriam ter sido homologadas devido à ausência de situação flagrancial e outros detalhes da ocorrência. Segundo ele, os policiais agiram com truculência e violaram direitos e garantias fundamentais, como a inviolabilidade domiciliar e o direito ao silêncio. Diante das possíveis ilegalidades e abuso de poder, o juiz relaxou as prisões e expediu os alvarás de soltura no dia 19 de Abril.
A soltura dos suspeitos gerou revolta e indignação entre os familiares e amigos de Caio, que temem a impunidade no caso.
No dia 10 de abril, um protesto semelhante foi realizado em frente ao Fórum da Comarca de Timóteo, no bairro Timirim. O objetivo era exigir que o Ministério Público e a Polícia Civil continuassem investigando o caso e garantissem justiça em memória da vítima. Durante a manifestação, os participantes exibiram faixas e cartazes com dizeres como “Justiça por Caio” e “buzine se você é a favor de justiça por Caio”.

Manifestação da família
A revolta dos familiares se intensificou após o juiz Luiz Eduardo Oliveira de Faria, da Comarca de Timóteo, Minas Gerais, determinar a soltura de Luith Silva Pires Martins e João Victor Bruno Coura de Oliveira, suspeitos de envolvimento no crime. Inicialmente, a ocorrência foi registrada como latrocínio, mas as investigações apontaram para um homicídio planejado pela esposa da vítima, com a colaboração de João Victor, executor do crime.
Detalhes do crime
De acordo com a Polícia Militar, o crime ocorreu quando Caio e sua esposa Luith transportavam uma bicicleta na parte de carga de uma caminhonete. Eles teriam sido abordados por João Victor que, de posse de uma arma de fogo, anunciou o roubo de uma bicicleta que o casal levava na carroceria. Ao sair do veículo, Caio foi alvejado por disparos efetuados por João Victor.

Após diligências, a polícia prendeu os dois suspeitos de envolvimento no crime. João Victor confessou ser o autor dos disparos e apontou Luith como mandante do crime. Ela, por sua vez, admitiu seu envolvimento e alegou sofrer agressões do marido, afirmando que queria “passar um aperto” nele, mas não esperava que o caso evoluísse para um homicídio. Segundo os policiais, Luith e João Victor marcaram o local do crime, onde João Victor atirou contra Caio, atingindo-o no peito e na cabeça.
Agora, os familiares e amigos de Caio aguardam ansiosamente por uma resposta do Ministério Público e por justiça no caso. Enquanto isso, as manifestações pacíficas buscam chamar atenção para a situação e exigir que os responsáveis pelo crime sejam devidamente punidos.
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