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Bombeiros iniciam o 4º dia de buscas por adolescente em Antônio Dias

Bombeiros iniciam o 4º dia de buscas por adolescente em Antônio Dias
Foto: PMMG/Divulgação
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Guarnição fará o “caminho contrário” de represa e partirá de Ipatinga

O Corpo de Bombeiros iniciou, às 6h desta quarta-feira (28), o quarto dia de buscas pelo adolescente Luan Gonçalves Rodrigues, de 12 anos, que desapareceu após um deslizamento de terra atingir a casa dele, matar suas duas tias, e a namorada do primo dele em Antônio Dias, no Vale do Aço. A tragédia aconteceu na noite de Natal (25).

De acordo com a guarnição, a técnica utilizada nesta quarta será a de busca visual em embarcação e percurso a pé e também a nado do córrego que fica próximo ao ponto do deslizamento, sentido Represa de Sá Carvalho. Outras duas equipes sairão do Rio Piracicaba, em Ipatinga, subindo o rio em direção à represa, fazendo o “caminho contrário”, na tentativa de localizarem o adolescente.

Um outro grupo de bombeiros a pé e nado vai percorrer novamente do ponto de deslizamento até a represa. Outros militares fazem vistorias em locais de risco na cidade, em apoio à Defesa Civil municipal.

Em entrevista ao O Tempo, Letícia Fernanda Gonçalves Rodrigues, de 16 anos, irmã do adolescente desaparecido, fez um apelo. “A gente tem esperança de encontrar ele com vida. Se for da vontade de Deus, vamos encontrar ele com vida. Agora se não for, encontrar o corpo dele já será um pequeno alívio. O que queremos é encontrar ele, porque é muito angustiante”, disse.

“Tem horas que eu fico muito abalada, quando vai a ficha do que está acontecendo”, relata Letícia. A família comemorava a noite de Natal na casa em que ela morava com os pais e o irmão, quando o barranco desabou e soterrou a residência parcialmente, atingindo parte dos familiares. A mãe, a adolescente e Luan foram para a beira de uma estrada em uma parte mais alta. O pai ficou no local do deslizamento para ajudar outras pessoas que ficaram soterradas.

Ao ver que o pai ainda estava próximo à casa, Luan voltou para resgatá-lo. “Minha mãe pediu que ele não fosse, disse que meu pai estava bem, mas o Luan insistiu e desceu. Nessa hora o barranco veio e soterrou todo mundo”, lembra Letícia.

O pai dela foi jogado para dentro de um córrego e conseguiu se segurar em uma árvore até ser socorrido, mas o menino desapareceu nos escombros. Por causa de ossos quebrados pelo corpo, o pai não pode andar no momento. “Mesmo assim ele fica dizendo que tem que ir lá achar o Luan e que ele sabe onde meu irmão está”, relata Letícia.

A adolescente se emociona ao falar do irmão. “Minha mãe estava lembrando que ele falava que não queria que meus pais morressem porque ele não iria aguentar. Ele era um menino muito carinhoso e muito família. Pedia abraço toda hora. Era muito brincalhão, alegre e tímido também. Ele gostava de ajudar todo mundo”, conclui a adolescente entre lágrimas.

 

 

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Fonte: O Tempo

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