O vírus mayaro é transmitido através de um mosquito silvestre
Nesta segunda-feira (13), alguns cientistas do Instituto de Biologia da Unicamp confirmaram a circulação do vírus mayaro em humanos no estado de Roraima. A publicação aconteceu em conjunto com outros institutos de pesquisa do Brasil e do exterior na revista Emerging Infectious Diseases, para o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Esta não é a primeira vez que o vírus mayaro é identificado, uma vez que foi descoberto na década de 1950, na região das ilhas de Trinidad e Tobago, no Caribe. Porém, é um patógeno de risco endêmico na América Central e do Sul e, muitas vezes, é negligenciado pelas autoridades.
Sintomas e transmissão
O vírus mayaro é transmitido pelo mosquito silvestre Haemagogus janthinomys, mesmo vetor da febre-amarela. Já os sintomas apresentados pelos infectados podem variar em sintomas parecidos com os da dengue da chikungunya, sendo uma doença febril aguda, desenvolvendo dores no corpo, fadiga, artralgia, dor e inchaço nas articulações. Ou seja, de difícil diagnóstico clínico pode ser complexo.
A circulação do vírus foi descoberta pela mestranda da Unicamp Julia Forato, após uma coleta e análise de soro coletadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima de pacientes que apresentavam estado febril, entre 2020 e 2021. Forato demonstra preocupação em relação à descoberta do vírus circulando em área urbana, já que é mais comum ser infectado em área de mata.
Foto destaque: Genilton José Vieira