Relatório do Conselho de Ética pediu punição por quebra de decoro; ex-PM é investigado por estupro, assédio e outras denúncias
Com 48 votos a favor e 2 contra, o vereador, do RJ, Gabriel Monteiro (PL) teve o mandato cassado nesta quinta-feira (18) na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. A decisão foi baseada no relatório final do vereador Chico Alencar (PSOL), que integra o Conselho de Ética da Casa.
Um voto contrário foi do próprio Gabriel. O outro voto contrário à cassação do parlamentar foi dado pelo vereador Luiz Carlos Chagas de Souza Junior, conhecido como Chagas Bola (União Brasil-RJ).
No documento, o relator pediu a punição de Monteiro por quebra de decoro parlamentar. O ex-policial militar é investigado por acusações de estupro, assédio, gravação de um vídeo íntimo com uma menor de idade e manipulação de conteúdo audiovisual para a internet.
A Comissão de Justiça e Redação negou, na última quarta-feira (17), um recurso apresentado pelo vereador em que ele alegava irregularidades no processo do Conselho de Ética.
Pelas redes sociais, Gabriel se pronunciou dizendo: “Fui eleito e em menos de dois anos provei que função de vereador é fiscalizar e não ficar curtindo ar condicionado no gabinete. Deus me deu o mandato, Deus tomou o mandato, glória a Deus por tudo.”
Apesar da decisão da Câmara de Vereadores de Rio, ele poderá se candidatar ao cargo de deputado federal pelo PL nas próximas eleições. Como a cassação ocorreu depois do prazo para registro de candidatura, o youtuber bolsonarista conseguiu fazê-lo com toda documentação lícita.
Esta é a segunda vez na história em que a Câmara do Rio cassa o mandato de um parlamentar. A primeira foi em junho de 2021, quando, por unanimidade, os 49 vereadores presentes decidiram destituir do cargo o então vereador doutor Jairinho, preso pela acusação de ter matado o enteado, Henry Borel.
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