Byanca Brasil, atacante do Cruzeiro, tem se destacado no futebol feminino por suas iniciativas de ativismo e representatividade. O técnico da Raposa, Jonas Urias, ressalta a importância das mulheres no esporte e como a vozes delas são essenciais na luta por direitos e igualdade.
A jogadora, que foi líder em movimentos LGBT, chamou atenção durante a final do Campeonato Mineiro de 2024. Ela coloriu as tranças de seu cabelo com as cores da bandeira LGBTQIAPN+ e festejou um gol levantando uma bandeira de escanteio com o mesmo padrão. Em uma ação anterior, Byanca também trançou o número ‘180’ em seu cabelo, alertando para a necessidade de denúncias sobre violência sexual e doméstica.
“A Byanca é um símbolo nesse sentido, porque ela faz isso de uma forma orgânica, natural, muito verdadeiro. Ela vê e se manifesta, e é maravilhoso”, disse Jonas Urias, referindo-se ao impacto positivo que Byanca gera nas novas gerações.
Urias explicou ainda que as atletas que escolhendo jogar futebol se tornam protagonistas em diversas questões sociais. Ele acredita que o futebol feminino deve continuar a abraçar causas sociais, algo que é essencial para a evolução da modalidade.
“Todas as mulheres que escolhem jogar futebol atacam em várias direções. O futebol feminino precisa ter bandeiras e, naturalmente, continuará com isso”, comentou o técnico.
Além disso, Jonas destacou o papel do Cruzeiro como um clube que apoia suas atletas, frequentemente se posicionando em torno das causas que elas defendem.
“O futebol expressa quem é a sociedade, nas coisas boas e ruins. O produto final deve ser a progressão para uma sociedade melhor para ambos os lados”, finalizou Urias.