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Marisa fecha 88 lojas, três em Minas, e funcionários são demitidos

Marisa fecha 88 lojas, três em Minas, e funcionários são demitidos
Marisa afirma que terá ganho adicional de R$ 40 milhões em 2023 com fechamento de 88 lojas — Foto: Fred Magno/O Tempo
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Varejista mantém 246 unidades no Brasil e afirma que 40% dos trabalhadores das operações encerradas foram realocados internamente

A Marisa concluiu a operação de fechamento de unidades anunciado em março deste ano e fechou 88 lojas, conforme anunciou aos investidores nesta semana. O plano inicial da varejista previa fechar 92 lojas que estavam com caixa negativo, porém a empresa afirma que conseguiu otimizar os custos de seis delas para mantê-las funcionando. Cerca de 60% dos funcionários que trabalhavam nas lojas fechadas foram demitidos, e os demais, realocados internamente.

Em Minas Gerais, foram fechadas três lojas da Marisa: em Belo Horizonte, Pouso Alegre e Uberlândia. A maior parte das unidades encerradas no país são de rua, 59, e as demais 29 ficavam em shopping centers. Com a conclusão dos fechamentos, restam 246 lojas da varejista no país. A companhia investiu R$ 44,5 milhões no fechamento e, com isso, afirma ter garantido um ganho adicional de R$ 40 milhões neste ano e prevê R$ 60 milhões anuais a partir de 2024.

“O processo de adequação do parque de lojas dentro do prazo previsto era uma das principais e mais desafiadoras ações desenhadas em nosso plano de reestruturação. A execução bem-sucedida do plano de fechamento de lojas e de redução de despesas é um importante passo para o fortalecimento e sustentabilidade do negócio da Marisa”, afirma João Pinheiro Nogueira Batista, CEO da Marisa.

A crise da Marisa segue-se à de outras gigantes do varejo no Brasil, como a Americanas e a Tok&Stok. O economista especialista em mercado financeiro e renda variável Gustavo Gomes avalia que a raiz do problema das empresas é parecida. “Cinco anos atrás, a gente tinha um investimento muito alto nas empresas de varejo. Havia uma disponibilidade de capital muito mais fácil. E os juros eram muito menores. De lá pra cá essas dívidas começaram a ser cobradas e, com a alta dos juros, a gente vê que as margens ficaram cada vez mais apertadas. Então essa dívida fica cada vez mais cara e o lucro começa a diminuir”, explica.

Com as empresas em dificuldade financeira, os bancos enxergam maior dificuldade em receber as parcelas das dívidas e evitam renegociar com essas companhias. “É basicamente o que aconteceu com a Marisa. Os bancos estão vendo se tem alguma viabilidade, se a empresa vai realmente conseguir quitar suas dívidas. Eles pegaram alguns empréstimos e isso acaba abalando a confiabilidade dos bancos. E depois do que aconteceu com a Americanas, os bancos estão tomando uma posição defensiva e se protegendo cada vez mais”, acrescenta.

 

 

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Fonte: O Tempo / Alexandre Nascimento

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