Submersível que levava Michael Guillen ficou preso nos destroços do navio por 30 minutos; jornalista diz que viveu momento mais aterrorizante da vida e que ganhou uma segunda chance
Um jornalista que visitou os destroços do Titanic no início dos anos 2000 relembrou os momentos assustadores que viveu durante o “passeio” e disse ser contra visitas ao local. Nesta semana, cinco turistas morreram após o submersível Titan explodir a caminho do local do naufrágio.
Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, o jornalista e físico Michael Guillen conta que visitou os destroços em um veículo diferente do Titan. Após duas horas e meia, o grupo chegou ao fundo daquele ponto do Oceano Atlântico, o que, para ele, foi “como pousar na lua”. Após ver o Titanic e rezar para agradecer a chegada, as coisas começaram a piorar.
“Nós batemos no propulsor do Titanic. Ficamos presos entre as hélices do navio. Aquele foi, facilmente, o momento mais aterrorizante da minha vida”, conta Michael.
Após 30 minutos, o capitão conseguiu remover o submersível do local e todos voltaram para a superfície. Mas a experiência deixou uma marca na vida do jornalista.
“Eu percebi que aquilo não se trata apenas de um naufrágio. Aquilo não é um parque de diversões. Aquilo é um cemitério. Eu ganhei uma segunda chance.”
Destroços são encontrados
A empresa OceanGate, responsável pelo submarino que fazia uma expedição aos destroços do Titanic,confirmou que todos os passageiros do veículo aquático morreram. A principal teoria é que o submersível tenha implodido.
Em uma nota oficial, a empresa escreveu que acredita que o “CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente, foram perdidos”. Na nota, a OceanGate ainda lamenta o ocorrido e agradece a ajuda das organizações internacionais nas buscas pelo submersível.