Vítima sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento; estabelecimento não tinha autorização para fazer cirurgias, segundo a polícia
A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher de 46 anos durante um procedimento estético em uma clínica de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais. A vítima sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento de lipoescultura e não resistiu. Uma biomédica de 33 anos responsável pela estabelecimento foi presa nesta terça-feira (9).
Conforme a Polícia Civil, a perícia encontrou dez perfurações no abdômen da vítima e outras duas nos glúteos, além de hemorragia relacionada ao procedimento. Segundo a instituição, a clínica não tinha autorização para realizar cirurgias e não possuía estrutura física adequada para atendimento emergencial.
Além da biomédica, também foi presa uma técnica de enfermagem de 39 anos. Ambas foram encaminhadas ao sistema prisional, onde estão à disposição da Justiça, e são investigadas por homicídio doloso, quando não há intenção de matar.
Entenda o caso
Conforme o relatório policial, o companheiro da vítima a deixou na clínica por volta das 6h30 da manhã dessa segunda-feira (8) para realizar a lipoescultura — procedimento cirúrgico que remove o excesso de gordura de uma área específica do corpo e a redistribui para outras partes para mudar a forma do corpo.
Durante o procedimento, a vítima sofreu uma parada cardíaca. Em seguida, foi levada para um hospital em estado grave, mas não resistiu e teve a morte confirmada na noite desta segunda-feira (8). Exames feitos no Instituto Medicina Legal Dr. André Roquetti vão determinar a causa da morte.
Funcionamento irregular
Conforme a Polícia Civil, o estabelecimento tinha autorização para operar apenas como clínica estética e não possui estrutura física para fornecer os cuidados de emergência necessários para procedimentos cirúrgicos.
“Quando chegamos ao local, não conseguimos encontrar o dispositivo usado no procedimento. Quando questionada, a biomédica afirmou que havia apenas começado o procedimento e que o laser que seria usado no paciente ainda não havia chegado, pois era alugado por hora”, relatou a perita forense Paula Lamounier.
A Polícia Civil coletou materiais usados no procedimento, registros do paciente, caixas de injetáveis, dois computadores e um celular. Os itens serão usados na investigação sobre o caso.
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