Filha mais nova do casal Charles e Chesa Jones – que também eram pais de Mary e Virgínia -, Rita se destacou no cenário musical com suas letras, comportamento e conquistou o título de rainha do rock. Entretanto, ela mesmo rechaçava esse apelido. Em entrevista à versão digital da Rolling Stone Brasil, em 2022, a cantora disse que considerava esse nome “cafona”. “Gosto mais de ser chamada de ‘padroeira da liberdade’ do que ‘rainha do rock’, que acho um tanto cafona”, afirmou ela.
A primeira banda de Rita Lee foi a Teennage Singers, formada por ela e outras três meninas. O grupo se formou ainda na escola, no período em que elas cursavam o ensino médio. Foi nesse período que Rita conheceu os irmãos Sérgio, Cláudio e Arnaldo Baptista – com quem foi casada por quatro anos.
Desse encontro surgiu a banda Os Mutantes, que revolucionou a música brasileira e o rock, com um som psicodélico e irreverente. Foi com os Mutantes que Rita, e seus parceiros, se consagraram no cenário musical do país. O fim da banda veio após Rita ser a única a discordar em trilhar o caminho do modismo do rock progressivo, que imperava à época. Ela defendia a continuidade na psicodelia, na mistura de gêneros musicais e na inovação estética.
Carreira solo
O primeiro álbum solo de Rita Lee lançado foi “Build Up” (1970). Na faixa de abertura, a cantora e compositora já dava a letra do que esperava para o futuro. Em “Sucesso, Aqui Vou Eu”, ela aposta em si mesma: “Já estou até vendo/ Meu nome brilhando/ E o mundo aplaudindo”.
Rita construiu uma trajetória que a consagrou como uma das maiores referências da música brasileira. Em 1975, lançou “Fruto Proibido”, disco que trouxe clássicos da carreira da rockeira como “Ovelha Negra” e “Agora Só Falta Você”. A sua afirmação como figura pop brasileira veio na década seguinte, em 1980, quando ela lançou o disco “Rita Lee”. O álbum é composto basicamente por hits da cantora, como “Lança Perfume”, “Caso Sério”, “Baila Comigo” e “Nem Luxo, Nem Lixo”. Em apenas um mês, foram vendidas 130 mil cópias do disco no Brasil.
Desde 2016, Rita estava aposentada dos palcos e nos últimos anos vivia isolada com o marido Roberto de Carvalho em um sítio na grande São Paulo. Ela também se dedicou à literatura. Além da autobiografia, lançada em 2016, ela também assina outro título que falava da própria vida, “FavoRita” (2018). Ela também lançou os infantis “Dropz” (2017) e “Amiga Ursa – Uma história triste, mas com final feliz” (2019).
Doença
Em maio de 2021, Rita Lee foi diagnosticada com câncer de pulmão. Ela seguiu tratamentos de imunoterapia e radioterapia. Em abril do ano passado, seu filho Beto Lee, também músico, escreveu que ela estava curada do câncer. Nos últimos anos, ela viveu em um sítio no interior de São Paulo com a família. Ela deixa três filhos: Roberto, João e Antônio.
Fonte: O Tempo / Estadão Conteúdo / Folhapress
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