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Por que a Tupperware corre risco de falência? Relembre o ápice da marca

Um descumprimento da Tupperware tornará a companhia inadimplente; entenda. (Foto: reprodução)
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Empresa admitiu que pode encerrar operações, após quase oito décadas de história

 

A Tupperware anunciou publicamente que corre o risco de falir. O anúncio, publicado em um documento aos investidores, derrubou em quase 50% o valor as ações da companhia norte-americana nessa segunda-feira (10) e lança uma sombra sobre o futuro da empresa, que tem quase 80 anos de história.

“A Tupperware embarcou em uma jornada para recuperar nossas operações. O dia de hoje marca um passo crítico para lidar com nossa posição de capital e liquidez. A empresa está fazendo tudo ao seu alcance para mitigar os impactos dos eventos recentes e estamos tomando medidas imediatas para buscar financiamento adicional e resolver nossa situação financeira”, declarou o presidente da empresa, Miguel Fernandez.

As finanças da empresa estão em decadência: em 2023, ela registra uma receita de US$ 1,7 bilhão. Uma década atrás, ela era de US$ 2,7 bilhões, segundo o jornal “Financial Times”. Agora endividada, ela contratou consultores para tentar solucionar sua situação financeira.

A empresa afirma ainda que, se não conseguir uma nova injeção de capital ou uma renegociação de suas dívidas, pode ficar sem liquidez no curto prazo. Além da tentativa de renegociar as dívidas, a Tupperware diz que está revisando suas estruturas de pessoal e de imóveis.

A história da Tupperware

A Tupperware também sofre com mudanças de hábitos no mercado. Ela consolidou seu poder, no século 20, com as revendedoras de porta em porta. A mitologia da própria marca conta que seu produto era tão inovador que, nos anos 50, a única forma de convencer as donas de casa a utilizá-lo era com uma demonstração ao vivo. Daí, surgiram as “festas de Tupperware”, em que grupos de vizinhas se encontravam para conferir as novidades com as revendedoras. Com o fortalecimento das vendas online, entretanto, a estratégia perdeu força. A marca chegou ao Brasil em 1976 e abriu uma fábrica nacional no Rio de Janeiro. Em 2016, o país tornou-se o seu maior mercado consumidor.

As vasilhas foram criadas por um químico, Earl Tupper, inspiradas na vedação das latas de tinta. A estratégia de venda em casa foi traçada pela vice-presidente da empresa, Brownie Wise. Além de trampolim para a marca, o modelo foi a porta de entrada para milhares de mulheres norte-americanas no mercado de trabalho. A Tupperware afirma contar com 2,9 milhões de representantes ao redor do mundo.

 

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(Fonte: Artur Búrigo/Folhapress)

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