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Julgamento de Neymar tem depoimento de representantes do Barça na próxima semana

Julgamento de Neymar tem depoimento de representantes do Barça na próxima semana
Neymar depôs esta semana em seu julgamento — Foto: Josep LAGO / AFP
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O julgamento de Neymar por suposta fraude e corrupção na transferência do Santos para o Barcelona, em 2013, será marcado pelo depoimento dos representantes do clube espanhol na próxima semana, em sessão única, na sexta-feira, dia 28.

A primeira semana de audiências foi encerrada na quinta-feira e contou com os depoimentos de boa parte dos réus, sendo eles o próprio jogador da seleção brasileira, atualmente no Paris Saint-Germain. Também estiveram presentes os pais do atleta, os administradores da empresa familiar N&N Consultoria Esportiva e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues. Neymar pode voltar a depor.

Os únicos acusados que ainda não prestaram depoimento são os ex-presidentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, que farão isso juntamente com Sergi Atienza, representante legal do clube catalão, também acusado no caso como pessoa jurídica.

José Domingo Barral, ex-presidente do Grupo Sonda, também irá prestar esclarecimentos. A empresa do ramo de supermercados de Delcir Sonda detinha, por meio do DIS, 40% dos direitos de Neymar. A venda foi anunciada por 17,1 milhões de euros (R$ 88,7 milhões, pelo câmbio atual) e a empresa recebeu uma fatia de 6,84 milhões de euros, mas alega que deveria ter recebido 34,5 milhões de euros.

Ao fim da negociação, o Barcelona informou que o valor real da transação foi de 57 milhões de euros e a diferença de 40 milhões de euros foi depositada para a empresa N&N, em nome dos pais do atleta. Posteriormente, o Barcelona revelou o contrato feito com Neymar. Os documentos mostravam um valor ainda maior do que o divulgado anteriormente: 86,2 milhões de euros, englobando pontos como luvas, um repasse ao Instituto Neymar Júnior e comissões ao pai do atacante.

Barral é considerado uma das testemunhas mais importantes da acusação. Ele declarou em uma investigação paralela que o Barcelona, após fechar a contratação do jogador brasileiro, ofereceu à DIS mais 6 milhões de euros para evitar uma futura reclamação legal. Por isso, os advogados de defesa de Rosell e Bartomeu têm preferido que eles deponham depois de ouvir a versão do executivo.

O Ministério Público da Espanha acusa Neymar e seus pais de corrupção e fraude. E pede dois anos de prisão ao jogador e multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões). Rosell e Bartomeu encaram as mesmas acusações, com pedido de cinco anos de prisão, assim como o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho. O órgão, no entanto, pede a absolvição de Bartomeu, entendendo que, apesar de assinar os contratos supostamente fraudulentos para contratar o atacante santista entre 2011 e 2013, ele não foi parte ativa das negociações.

Na última terça-feira, Neymar foi ouvido pela Justiça espanhola. Ele foi questionado pela Procuradoria na Espanha se participou dos contatos com o Barcelona para a sua saída do Santos. O jogador de 30 anos disse em depoimento não se lembrar e reiterou as decisões do seu pai e empresário. “Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede”, disse o craque. “Meu pai sempre cuidou de tudo isso, sempre foi o responsável por isso.”

O caso, enquadrado pelo judiciário espanhol como possível caso de corrupção entre particulares, pode render até a prisão de Neymar, faltando quase um mês para o início da Copa do Mundo do Catar. A defesa do jogador aponta que a conduta não é considerada crime no Brasil e que, por isso, ele não poderia ser punido.

Como Neymar afirmou em audiência que fazia o que o seu pai pedia, a estratégia da defesa pode recair integralmente à empresa e seu responsável, os pais do jogador, aliviando para ele qualquer pena.

 

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Fonte: Estadão

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