Em um comunicado publicado na conta oficial do Talibã no Twitter, que agora atende pelo nome de Emirado Islâmico do Afeganistão, o grupo terrorista disse estar preocupado “com a possibilidade real de vítimas civis”.
Sob o selo do Ministério das Relações Exteriores do Emirado – que lembra muito os emblemas usados pelos departamentos do governo dos EUA – o Talibã pediu que o diálogo seja mantido entre a Rússia e o país vizinho e para salvaguardar os afegãos na Ucrânia.
Segundo a CNN, 370 afegãos fugiram de seu país de origem no ano passado para a Ucrânia.
“O Emirado Islâmico do Afeganistão está monitorando de perto a situação na Ucrânia e expressa preocupação com a possibilidade real de vítimas civis”, diz o comunicado.
“Todas as partes precisam desistir de tomar posições que possam intensificar a violência”, defende o Talibã na nota.
O Talibã e a violência no Afeganistão
O grupo, como Emirado Islâmico do Afeganistão, ainda não foi reconhecido por nenhuma nação como o novo governo do país, desde sua brutal tomada de poder em agosto.
Segundo estimativas, mais de 1.000 civis foram mortos e mais de 2.000 feridos quando o Talibã lançou sua ofensiva para comandar o Afeganistão no ano passado.
O agora extinto governo afegão alegou ter matado quase 10.000 militantes da organização. Os números da ONU também sugerem que 244.000 civis foram deslocados do país.