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Influencer de MG com mais de 1 milhão de seguidores, Big Jhow é preso por desobediência em operação que investiga sorteios ilegais

Influencer de MG com mais de 1 milhão de seguidores, Big Jhow é preso por desobediência em operação que investiga sorteios ilegais
Imagem: Reprodução/Instagram
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O influeciador mineiro Elizeu Silva Cordeiro, mais conhecido como Big Jhow, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, foi preso no início da manhã desta quinta-feira (10) em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele é alvo de uma operação conjunta da Polícia Civil do Distritio Federal e da Polícia Civil de Minas Gerais.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, a operação tem como alvo dois influenciadores digitais suspeitos de realizarem sorteios ilegais de carros e lavagem de dinheiro. Além do mandado cumprido contra Big Jhow em Esmeraldas, é cumprido também um mandado de busca e apreensão em Vicente Pires, no Distritro Federal.

Big Jhow não foi preso pelos sorteios ilegais, mas por desobediência, após se recusar entregar os carros para os agentes. Em Minas Gerais, os agentes apreenderam uma lancha e um jet ski, avaliados em R$ 700 mil. Também foram bloqueados R$ 12 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. Dois veículos da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões, foram apreendidos. De acordo com a Polícia Civil, um deles seria sorteado no sábado dia 12 e foi exibido nas ruas da capital pelo youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o “Klebim”, denunciado por esquema de rifas ilegais.

A polícia procurava, por volta das 7h, duas Lamborghinis ligadas ao influenciador mineiro. Big Jhow foi candidato a deputado estadual por Minas no pleito de outubro deste ano. Ele foi o terceiro candidato mais votado do Solidariedade e ficou como segundo suplente do partido na Assembleia Legislativa. À época, ele declarou à Justiça ter R$ 200 mil de bens, valor abaixo, por exemplo, do carro que ele ostenta nas redes.

O delegado da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos do Distrito Federal, Diego Castro, explicou que os sorteios realizados sem autorização do Ministério da Economia são considerados jogos de azar, assim como jogo do bicho, e isso configura contravenção penal. “O sorteio por si só não tem gravidade tão grande. Essa contravenção não possui gravidade tão grande, porém quando começam a constituir empresas fantasmas, como é o caso do influencer hoje detido e dos demais investigados, essa conduta de sorteio fica mais grave porque é considerada como lavagem de dinheiro, eles passam querer trazer uma aparência lícita para esses valores que são ilícitos, por isso tem que ser coibido por bastante firmeza. Esse dinheiro lavado pode ser utilizado pra qualquer tipo de finalidade, inclusive para financiar crimes mais graves”, declarou.

“A lavagem de dinheiro recebiam os recursos ilícitos, tem uma conta vinculada a uma empresa fantasma, que era diretamente provida pelos investigados e recebiam como se fosse serviços de marketing, informando que prestavam consultorias para empresas, mas o trabalho nunca existiu. As sedes das empresas foram checadas no DF e sequer são salas comerciais, um dos locais usados pelo testa de ferra do detido, é um apartamento residencial que nunca teve empresa localizada naquele ponto. São três empresas de fachadas utilizadas para o recebimento dessas cifras ilegais. Após o recebimento, pulverizam o montante lucrado com esses sorteios extremamente lucrativos e depois se utilizam dos valores já lavados. Desde março a DF Corpatri (Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais) estima que foram movimentados mais de R$ 100 milhões com esse esquema criminoso. Nos últimos seis meses, cerca de R$ 20 milhões. Tanto que a ordem de sequestro bloqueou R$ 12 milhões fora o valor dos carros, que gira em torno de R$ 5 milhões, então são R$ 17 milhões em bens sequestrados”, explicou.

O delegado pontuou que Big Jhow possui ligação direta com o principal investigado da primeira fase da operação, um influencer do Distrito Federal, considerado como “líder da associação criminosa e preso em março”.

Primeira fase da operação

Na primeira fase da operação Huracan, em março deste ano, o combate era a uma associação criminosa interestadual voltada à prática de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos oito mandados de busca no Distrito Federal, nas cidades de Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia.

Em atuação desde 2021, a associação criminosa era capitaneada por influencers, que promoviam e rifavam veículos no Instagram e em canais do Youtube. Após cair no gosto dos seguidores, os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e os sorteios eram anunciados na internet. “Como possuíam milhares de seguidores, as rifas eram vendidas com facilidade. Os valores angariados seguiam para contas de empresas de fachada e eram utilizados para aquisição de novos veículos, que eram registrados em nome de laranjas”, explicou a Polícia Civil do Distrito Federal.

O esquema de lavagem de dinheiro era altamente lucrativo: apurou-se que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos.

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Fonte: O Tempo

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