Ipatinga: Família de Davi consegue medicamento mais caro do mundo

Após meses de campanha, a família do ipatinguense Davi Souza Major, de 10 meses e que tem Atrofia Muscular Espinhal (AME), conseguiu o remédio Zolgensma, o mais eficaz para tratamento da doença, avaliado em mais de R$ 7 milhões.

O anúncio da conquista foi feito no Instagram @ameodavioficial, na manhã desta terça-feira (11). Davi, filho do casal Thaynara Oliveira e Romário Júnior Major, moradores do bairro Forquilha, em Ipatinga, foi diagnosticado com AME em outubro de 2022. Desde o diagnóstico, a família da criança começou a campanha nas ruas e nas redes sociais para arrecadar recursos com o intuito de comprar o Zolgensma.

Em texto divulgado nas redes sociais, a mãe do Davi agradeceu a todos que ajudaram na campanha.

“Obrigada a cada cidade, a cada padrinho, a cada voluntário, a cada pessoa que fez o que podia para isso acontecer. A justiça disse ‘sim’ e o Davi vai receber a medicação, não temos ainda o dia, tem ainda todo processo, mais já podemos comemorar! Quero agradecer a Deus, pois Ele sustentou a nós até aqui, por ser nossa força em dias que parecia impossível, por nos proporcionar esse milagre. Agradecer todos vocês que não mediram esforços em prol a vida do Davi, que pararam o dia, a hora, o momento pra ir em ações, pra vender rifas, pra compartilhas e me ajudar. E nosso agradecimento, a nossa advogada Daniela, que lutou todos os dias pra isso acontecer, que foi breve, que realizou esse milagre na vida do Davi, você sabe o quanto sou grata por ter escolhido você e te falo isso sempre. Vencemos, o dia Z vem aí!”, disse.

AME

A AME, doença genética rara, é progressiva, degenerativa e muitas vezes letal, podendo prejudicar a capacidade do indivíduo de caminhar, comer e até mesmo de respirar. Há uma alternativa de tratamento para essa doença, que é por meio de um medicamento lançado na Inglaterra e já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é o Zolgensma, mais eficaz e necessita de apenas uma dose para o tratamento, porém, pode custar mais de R$ 7 milhões. A orientação é que a criança receba o medicamento até os dois anos de idade.