A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu por homicídio qualificado o policial penal federal Jorge Guaranho, 38 anos, acusado de matar a tiros o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda no último dia 9, em Foz do Iguaçu (PR). Marcelo foi assassinado a tiros enquanto comemorava seu aniversário 50 anos.
O MP denunciou Guaranho por homicídio duplamente qualificado. Um dos agravantes apontados pelos promotores foi o “motivo fútil” para o homicídio, “havendo a querela sido desencadeada por preferência político-partidária”. Outra qualificação apontada pelos autores da denúncia foi a possibilidade de a ação “resultar em perigo comum”, ou seja, a terceiros.
Na decisão que tornou o bolsonarista réu, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, escreveu que há “presença de indícios suficientes de autoria e prova de materialidade do crime tipificado”.
O magistrado ainda determinou que Guaranho, também atingido por tiros disparados por Marcelo e que está internado, apresente sua defesa prévia em até 10 dias.
Se condenado, o militante bolsonarista Jorge Guaranho pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão.
“Motivação política salta aos olhos”
A denúncia do Ministério Público do Paraná contra Jorge Guaranho enfatiza a motivação política do bolsonarista ao atacar Marcelo Arruda. O documento contraria a conclusão da Polícia Civil, que apontou uma causa pessoal para o crime, ainda que tenha reconhecido que a briga começou por questões político-partidárias.
Apesar disso, o policial penal não foi denunciado por crime político, porque, segundo os promotores, não há essa previsão nas leis brasileiras. Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado: por motivo fútil e colocando terceiros em risco.
Para mais notícias clique aqui e também nos siga nas redes sociais @maisvipoficial