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Kit inventado pela UFRJ diferencia maconha de cannabis medicinal; entenda

Kit inventado pela UFRJ diferencia maconha de cannabis medicinal; entenda
Imagem: Pixabay
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Pesquisadores cariocas da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveram um kit Cannabis capaz de diferenciar a maconha ilícita da cannabis terapêutica. O modelo já está em uso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Em um pequeno tubo de plástico, coloca-se o material a ser analisado e pingam-se algumas gotas de reagentes. De acordo com os inventores, caso a mostra fique azul, em meio minuto, trata-se de droga ilegal, rica em THC (tetraidrocanabinol). Após um período de 5 a 7 minutos no reagente, se a mostra ficar violeta, trata-se de medicação à base de CBD (canabidiol).

O kit foi desenvolvido numa parceria entre a UFRJ e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A iniciativa foi pensada para combater fraudes em terapias à base de CBD e para identificar instantaneamente a droga ilícita, de acordo com Cláudio Cerqueira, professor do Instituto de Química UFRJ e coordenador do Laboratório de Síntese e Análise de Produtos Estratégicos da universidade. “Com a proibição da maconha, a pessoa que depende da medicação à base de canabidiol só tem a opção de importar o remédio, que vai para sua casa sem passar por uma análise. Um dos objetivos desse kit é proporcionar segurança terapêutica”, afirma Cerqueira.

O professor lembra que o canabidiol, presente na medicação, pode trazer benefícios ao tratamento de pacientes com doenças neurológicas como mal de Parkinson, mal de Alzheimer, esclerose múltipla, convulsões, fobias e intensa ansiedade, entre outros. O pesquisador sênior da Fiocruz André Luís Mazzei, que faz parte da equipe de pesquisadores, afirma que o kit vai ser barato e acessível. Ele destaca que o teste poderá ser realizado em aeroportos, por cuidadores de idosos, por médicos e pelos próprios pacientes em domicílio.

“Nossa ideia, também, foi fazer um ensaio de campo e de triagem para ver se o paciente estava realmente tomando o CDB. A cânabis medicinal não pode ter [concentração de] THC [maior que 0,3%], é fraude. Isso é um direito do consumidor”, diz Mazzei.

Há três anos, o motorista Ricardo Nogara, 54, fornece medicamentos à base de canabidiol para o filho Enzo, 5, aprovados pena Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sendo um deles importado dos Estados Unidos. Antes dessa terapia, o garoto sofria 20 convulsões por dia.

Apesar de confiar na medicação, especialmente pelos bons resultados, Nogara afirma não ter certeza do que vem na composição ou se a concentração está correta. “A gente só sabe que é diluído em óleo. Eu me sentiria mais seguro tendo uma forma prática de testar os remédios que eu dou para meu filho.”

 

 

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Fonte: TATIANA CAVALCANTI/Folhapress

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