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Governo pretende interconectar unidades de saúde indígena até 2026

Governo pretende interconectar unidades de saúde indígena até 2026
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo federal visa conectar todas as unidades de saúde indígena do Brasil até o final de 2026, assegurando que todos os estabelecimentos responsáveis pela atenção primária à saúde dos povos originários tenham acesso à internet de qualidade.

“Nosso objetivo é chegar até o final do ano que vem com a universalização da conectividade em todas as unidades de saúde indígenas do nosso país”, afirmou o secretário nacional de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, em entrevista à Agência Brasil.

No próximo sábado (19), celebra-se a diversidade das culturas dos povos originários, ressaltando a luta dos aproximadamente 1,7 milhão de brasileiros que se declaram indígenas, segundo o IBGE.

De acordo com Weibe, a melhoria na conectividade permitirá a implementação da infraestrutura de telessaúde nas comunidades, possibilitando que os indígenas tenham acesso a médicos especialistas sem sair de suas aldeias. “Isso também nos permitirá expandir a tecnologia da telessaúde, evitando as remoções de pacientes indígenas para fora dos territórios”, adicionou o secretário.

Atualmente, de 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), 19 já oferecem consultas à distância, utilizando internet banda larga do Programa Conecta Brasil, reduzindo o deslocamento de pacientes para exames de rotina e consultas com diversos especialistas. Essa iniciativa beneficia mais de 781 mil indígenas.

Os DSEIs são divididos por critérios territoriais, baseando-se na ocupação geográfica das comunidades, e cada um contém um conjunto de serviços através das Unidades Básicas de Saúde Indígenas (UBSIs).

“A conectividade das unidades de saúde também permite que os profissionais mantenham contato com suas famílias”, explicou Weibe Tapeba, ressaltando a dificuldade de manter profissionais de saúde longe dos grandes centros urbanos.

Com mais de 700 pontos de conectividade já implementados, o secretário enfatizou a necessidade de aumentar os recursos financeiros para manter essas iniciativas, que vem após um cenário de cortes significativos no orçamento da secretaria.

“Assumimos a secretaria em 2023 em meio a um cenário de desmonte. Conseguimos recompor o orçamento, incrementando em cerca de R$ 1 bilhão nos dois primeiros anos, com R$ 500 milhões em 2023 e outros R$ 500 milhões em 2024.”, destacou Weibe, apontando que este é o maior orçamento da saúde indígena já registrado.

De acordo com a Sesai, o número de atendimentos a indígenas tem aumentado, saltando de 9,18 milhões em 2018 para 17,31 milhões no ano passado. A Sesai busca otimizar a gestão e ampliar a assistência através de parcerias e acordos com diversas instituições.

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