A Abin paralela seria um sistema de inteligência que o governo Bolsonaro usou de forma ilegal
Nesta quinta-feira (11), a Polícia Federal deflagou uma nova fase da operação Última Milha. Esta operação investiga, desde 2023, o possível uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal. Entre as possíveis vítimas da espionagem, estão políticos e jornalistas.
De acordo com a PF, nesta fase, os policiais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. O cumprimento dos mandados acontece nas cidades de Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Alvos dos mandados de prisão e busca e apreensão da Abin paralela
- Mateus de Carvalho Sposito;
- Richards Dyer Pozzer;
- Rogério Beraldo de Almeida;
- Marcelo Araújo Bormevet;
- Giancarlo Gomes Rodrigues.
Além disso, outros dois nomes estão entre as buscas:
- José Matheus Sales Gomes;
- Daniel Ribeiro Lemos.
O responsável pela autorização dos mandados é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais. Uma vez que, a operação começou a partir das investigações do inquérito das fake news.
Dessa forma, a PF informa que “membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.
“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, diz a PF.
Pessoas prejudicadas pelo esquema
- Poder Judiciário: ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux
- Poder Legislativo: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Kim Kataguiri (União-SP) e os ex-deputados Rodrigo Maia, que foi presidente da Câmara, Joice Hasselmann e Jean Wyllys (PSOL). E os senadores: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que integravam a CPI da Covid no Senado.
- Poder Executivo: João Doria, ex-governador de São Paulo; os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges; os auditores da Receita Federal do Brasil Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.
- Jornalistas: Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
Foto destaque: Reprodução/Antonio Cruz
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