Índia e Paquistão anunciaram, neste sábado (10), um cessar-fogo imediato após quatro dias de intensos confrontos militares. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou a notícia, afirmando que teve um papel fundamental nas negociações entre as duas nações.

“Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO TOTAL E IMEDIATO”, declarou Trump, parabenizando ambos os países pela decisão. O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão confirmou o acordo, destacando que “o Paquistão e a Índia concordaram com um cessar-fogo com efeito imediato”.

A informação foi corroborada pelo ministro paquistanês Ishaq Dar em uma publicação na rede X (antigo Twitter), enfatizando que o Paquistão sempre buscou a paz na região, sem comprometer sua soberania.

O cessar-fogo começou às 17h, horário local, e resultou de uma conversa entre os comandantes das operações militares de ambos os países. Uma nova reunião entre eles está agendada para 12 de maio.

A escalada do conflito teve início em 7 de maio, quando a Índia atacou alvos considerados como “infraestrutura terrorista” na Caxemira controlada pelo Paquistão, em resposta a um atentado que resultou na morte de 26 turistas hindus na Caxemira indiana. O Paquistão negou qualquer envolvimento no ataque.

Os intercâmbios de fogo ocorreram ao longo da fronteira, elevando o número de civis mortos para 66, o que gerou temores de uma maior escalada militar entre os dois países. O anúncio do cessar-fogo coincidiu com a reunião de um órgão militar e civil paquistanês responsável pelas armas nucleares do país. Entretanto, uma desmentida quanto à realização da reunião veio do ministro da Defesa do Paquistão.

Desde 1947, Índia e Paquistão disputam a região da Caxemira, que ambos reivindicam integralmente. O histórico de conflitos inclui três guerras, sendo que duas delas foram motivadas pela questão da Caxemira. A Índia acusa o Paquistão de apoiar uma insurgência armada na região desde 1989, enquanto o Paquistão nega e afirma apenas fornecer suporte político aos separatistas caxemires.