O Ministério Público de Barcelona apresentou nesta quarta-feira (7) um recurso contra a absolvição do ex-jogador Daniel Alves no caso de estupro ocorrido em dezembro de 2022, em uma boate da capital catalã. O atleta havia sido condenado a quatro anos e meio de prisão, mas a sentença foi anulada em 28 de março pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC), que considerou que não havia provas suficientes para sustentar a condenação.
O recurso da Promotoria será analisado pelo Tribunal Supremo da Espanha, a instância mais alta da Justiça do país, já que a ação agora segue unificada com o recurso movido anteriormente pela defesa da vítima. Ambos contestam a decisão que livrou o jogador da pena de prisão.
No novo documento, a Promotoria critica a anulação da sentença e afirma que ela “condenou moralmente” a jovem que denunciou o abuso sexual. A decisão que absolveu Daniel Alves foi tomada de forma unânime pelos juízes da Seção de Apelações do TSJC, apesar do ex-jogador ter alterado sua versão dos fatos em quatro ocasiões diferentes ao longo do processo.
Desde que a sentença foi anulada, Daniel Alves está em liberdade condicional. Ele recuperou seus passaportes brasileiro e espanhol e pode deixar o país, mas atualmente reside em Barcelona ao lado da esposa, a modelo espanhola Joana Sanz, que está grávida.
Relembre o caso
Daniel Alves foi condenado em fevereiro de 2024 a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual. A sentença foi imposta pela Seção 21 do Tribunal Provincial de Barcelona, após o jogador ter passado mais de um ano preso preventivamente.
No entanto, o TSJC anulou a condenação no fim de março, ao apontar que a decisão original tinha falhas na fundamentação e que os elementos apresentados durante o julgamento não eram suficientes para comprovar o crime.
Agora, com os dois recursos em tramitação, o caso volta à Justiça espanhola e Daniel Alves poderá ser julgado novamente.