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Fifa questiona CBF sobre pagamentos a intermediário na contratação de Ancelotti

Fifa questiona CBF sobre pagamentos a intermediário na contratação de Ancelotti
(foto: Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

Chegada de Ancelotti ao Rio de Janeiro na companhia do empresário Diego Fernandes

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) recebeu uma notificação oficial da Fifa exigindo explicações sobre o pagamento de comissão a Diego Fernandes, que atuou como intermediário na negociação com o técnico Carlo Ancelotti. Ocorre que Fernandes não possui registro como agente licenciado. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal ‘Uol’.

A nova administração da CBF, sob o comando de Samir Xaud, está avaliando as implicações legais dessa transação, considerando que os termos do contrato foram definidos ainda na gestão de Ednaldo Rodrigues.

Especialistas em regulamentação de futebol apontam que a CBF violou seu próprio regulamento ao remunerar um intermediário sem vínculo formal a ela ou à Fifa. De acordo com a legislação brasileira, apenas agentes devidamente licenciados têm permissão para atuar nesse contexto.

O artigo 11 do regulamento de agentes de futebol da Fifa estabelece que “apenas um agente de futebol pode prestar serviços de agente de futebol”, e que “qualquer empregador ou contratado que não seja agente de futebol não pode prestar serviços de agente de futebol nem realizar abordagens a potenciais clientes para estabelecer um contrato de representação”.

Em resposta às acusações, a CBF afirmou que as condições da negociação ocorreram sob cláusulas de confidencialidade da gestão anterior, e que a administração atual se encontra avaliando a situação com rigor.

Diego Fernandes tem livre trânsito nos bastidores da CBF desde 2022, quando se aproximou do ex-presidente Ednaldo Rodrigues. Em razão de sua influência na negociação com Ancelotti, o intermediário foi recompensado com uma comissão que equivale a 1,2 milhão de euros (cerca de R$ 7,7 milhões). As tratativas com Ancelotti iniciaram-se em 2023.

Posicionamento do intermediário da CBF

Diego Fernandes se manifestou a respeito do caso, salientando que: “O contrato firmado por mim com a CBF, no que tange à contratação do treinador da seleção brasileira, respeita todas as normativas da CBF e da Fifa. Eventuais questionamentos são infundados e serão esclarecidos oportunamente. Destaco que atuei como consultor e, segundo o contrato, somente poderei receber qualquer valor referente à intermediação após meu registro como agente intermediário de futebol junto à CBF. Considerando o curto prazo da negociação, o registro não foi viável, mas asseguro que, com a conclusão do contrato, farei a solicitação para obter a devida autorização e receber minha comissão.

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