Vini Jr durante partida pelo Real Madrid (foto: OSCAR DEL POZO / AFP)
A venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Athletic para Thássilo Soares, agente do atacante, continua em meio a controvérsias. Após a operação ser mantida pela Justiça de São Paulo, a empresa italiana Tiberis busca alternativas para suspender o negócio.
Conforme reportado pelo jornal espanhol Marca, a Tiberis registrou uma denúncia contra Vini Jr na Comissão de Ética da FIFA. Os italianos fundamentam seu argumento no artigo 20 do Código de Ética da FIFA e no artigo 22 do Código de Justiça Esportiva da Federação Espanhola. Essas normativas proíbem que jogadores em atividade tenham a posse, direta ou indiretamente, de clubes profissionais, mesmo que exista apenas o risco aparente de conflito de interesses.
Recentemente, o nome de Vini Jr também apareceu vinculado ao grupo de investidores que adquiriu o Alverca, em Portugal, do qual Thássilo Soares faz parte. Apesar de o jogador do Real Madrid não ter comprado nenhum dos clubes diretamente, a Tiberis acredita que exista uma conexão que justifique a denúncia.
Qual punição Vini Jr pode receber?
Se a FIFA aceitar a denúncia e, após investigação, decidir condenar Vini Jr, ele poderá ser suspenso do futebol por até dois anos. Outras sanções podem incluir a aplicação de uma multa e a obrigação de vender as ações do clube.
O imbróglio envolvendo Athletic, Tiberis e Vini Jr
Em fevereiro deste ano, o No Ataque detalhou em exclusividade a situação complicada envolvendo a All Sports Agenciamento Esportivo, de Thássilo Soares, o Athletic e a Tiberis. A empresa italiana alegou à Justiça irregularidades na operação entre a F&P e Thássilo Soares. Segundo a Tiberis, o agente de Vini Jr adquiriu as ações da SAF do Athletic indiretamente, tornando-se sócio da própria F&P, proprietária detentora de Fábio Mineiro e Jean Pierre Fernandes.
Nesta transação, Thássilo passou a deter 53,5% da SAF do Athletic por meio da All Agenciamento Esportivo Ltda, enquanto Fábio Mineiro ficou com 15%. Jean Pierre vendeu a totalidade de suas ações. A Tiberis argumentou que essa transferência violaria seu direito de preferência de compra das ações, já que era sócia minoritária. No dia 18 de fevereiro, o juiz Eduardo Palma Pellegrinelli acolheu a reclamação da Tiberis e suspendeu a venda, mas em 3 de abril, a Justiça revogou a liminar, validando a negociação até o julgamento final.