A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um resultado histórico em seu balanço financeiro de 2024, revelando uma receita recorde de R$ 1,5 bilhão e um superávit de R$ 107 milhões. O documento, publicado em seu portal oficial, destaca a expansão significativa das receitas, principalmente impulsionada pela renovação do contrato com a Nike.
Em dezembro de 2024, a CBF, cuja parceria com a fornecedora de material esportivo já se estendia até 2026, ampliou o vínculo por mais 12 anos, até 2038. Esta renovação resultou na antecipação de R$ 1,3 bilhão em caixa, contribuindo diretamente para o crescimento financeiro do órgão.
Durante o terceiro ano sob a gestão de Ednaldo Rodrigues, as receitas cresceram 17,6% em comparação a 2023, quando alcançaram aproximadamente R$ 1,172 bilhão. Além disso, a CBF investiu cerca de R$ 1 bilhão no futebol em 2024, o que corresponde a 70% do total faturado, um aumento considerável em relação aos R$ 700 milhões investidos entre 2021 e 2023.
Os investimentos em competições e no fomento ao futebol nos estados somaram R$ 734 milhões, representando um crescimento de 39% em relação ao ano anterior.
Segundo a entidade, o superávit registrado foi de R$ 107 milhões. Os recursos totais em caixa e aplicações financeiras aumentaram em 134% em comparação ao último ano, chegando a R$ 2,4 bilhões. Essa expansão também foi favorecida pela renovação com a Nike, com os valores sendo aplicados em fundos de alta liquidez com rentabilidade média de 12,11%.
O ativo total da CBF atingiu R$ 3,6 bilhões, um aumento significativo de 67% em um ano, enquanto o ativo circulante dobrou, totalizando R$ 2,8 bilhões, garantindo uma liquidez de R$ 1,9 bilhão.
A CBF informou que em 2024 arrecadou R$ 155 milhões em tributos e reafirmou seu compromisso com políticas públicas. A entidade também liderou iniciativas de apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, incluindo a criação de uma plataforma de doações e a organização do Futebol Solidário, alocando R$ 19,5 milhões em auxílio direto à Federação Gaúcha e aos clubes afetados.
Para 2025, a CBF prevê uma receita de R$ 2,25 bilhões, com a intenção de investir R$ 1,6 bilhão diretamente no futebol.
