Elizabeth Anne Hanks, escritora e filha do ator Tom Hanks, vivenciou uma transformação em sua vida ao descobrir, entre pertences de sua mãe, um diário que continha revelações perturbadoras. Em 2019, ela encontrou descrições que acusavam seu avô, Raymond Dillingham, de crimes brutais, incluindo estupro, assassinato e até mesmo canibalismo.
A mãe de Elizabeth, Susan Dillingham, faleceu em 2002 após luta contra câncer no pulmão, e o passado da família sempre foi envolto em silêncio. Entretanto, o diário trouxe à tona narrativas que não poderiam ser ignoradas. “Ela descreveu um crime horrível que o pai dela teria cometido contra uma menina. Eram relatos gráficos, com datas e detalhes”, compartilhou Elizabeth em entrevista à revista People.
Raymond, avô materno de Elizabeth, faleceu em 1981. As revelações deixaram a autora dividida entre o amor pela mãe e a incredulidade diante das anotações. Determinada a esclarecer as dúvidas, Elizabeth embarcou em uma jornada por 10 estados dos EUA, em busca de pistas sobre a história familiar, que culminou na Flórida, onde os Dillingham residiram por muitos anos.
Este imersão nas memórias familiares resultou no livro The 10: A Memoir of Family, Secrets and the Road to Understanding (“Os 10: Memórias de Família, Segredos e a Estrada para a Compreensão”, em tradução livre). Na obra, Elizabeth narra suas descobertas sobre o passado obscuro, além de resgatar a história de seus pais, Susan e Tom Hanks, que se separaram em 1985 após cinco anos de casamento.
Segundo Elizabeth, o relacionamento foi afetado por traumas passados. “Era a união de duas pessoas machucadas tentando se curar juntas”, escreve. Ela também relata a fuga de sua mãe de casa na juventude, uma tentativa de escapar do pai, e como lidou com questões emocionais ao longo da vida.