Ana Clara Benevides Machado era fã de Taylor Swift e faleceu durante show da cantora; família e advogado criticam morosidade da investigação

No dia 17 de novembro, completou-se um ano desde a morte da fã Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, durante um show de Taylor Swift no Rio de Janeiro. O inquérito que investiga o caso, porém, ainda não foi concluído. A Polícia Civil afirma que já ouviu testemunhas e analisou laudos, mas segue com diligências pendentes. Para João Paulo Sales Delmondes, advogado da família de Ana Clara, a lentidão da investigação causa descontentamento e angústia aos familiares.

Ana Clara, que cursava psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis, sofreu uma parada cardiorrespiratória causada por exaustão térmica no Estádio Nilton Santos, em meio a um público de cerca de 60 mil pessoas e uma temperatura de quase 40ºC, com sensação térmica de 60ºC. Segundo o advogado, uma mudança de delegados atrasou o andamento do inquérito, prejudicando a família em sua busca por justiça e agravando a desconfiança na seriedade do processo.

A empresa Time for Fun (T4F), organizadora do evento, também enfrentou críticas. Em um vídeo nas redes sociais, o CEO da T4F, Serafim Abreu, admitiu que poderiam ter sido adotadas medidas preventivas, como a criação de áreas de sombra e mais pontos de hidratação. Em depoimento, ele afirmou que a empresa reforçou as medidas de segurança após o incidente, contratando 200 colaboradores adicionais para distribuir água e orientar sobre hidratação.

A morte de Ana Clara gerou comoção e resultou em mudanças nas normas para eventos de grande porte no Brasil. Em agosto, o governo federal determinou o fornecimento gratuito de água em shows e festivais, uma medida em vigor até o Natal, quando será reavaliada.

Taylor Swift também foi criticada pela postura fria e distante após o incidente. Embora tenha expressado pesar nas redes sociais, a cantora não se manifestou publicamente sobre a morte de Ana Clara durante suas apresentações.

Foto destaque: Reprodução/Redes sociais