Em Copacabana, as empresas que patrocinam o megashow gratuito de Lady Gaga enfrentam um desafio: não podem utilizar o nome ou a imagem da cantora em suas campanhas publicitárias, mesmo após um investimento substancial para o evento. O Santander, principal patrocinador, está entre as empresas que não podem vincular sua marca à artista.
Para que isso fosse possível, as marcas precisariam contratar Lady Gaga como garota-propaganda, um custo que ultrapassa o valor do show. O Itaú fez isso recentemente com Madonna, utilizando sua imagem em um comercial especial.
Atualmente, a única entidade autorizada a utilizar o nome e a imagem de Gaga, além da produtora Bonus Track e a Prefeitura do Rio de Janeiro, é a emissora Globo, graças a um contrato de transmissão, não de patrocínio.
Esse tipo de prática é comum no setor de shows. Durante o Rock in Rio, por exemplo, o Itaú não associou sua marca a nenhum artista. Além disso, um cartaz que destacava o nome de Gaga na entrada do túnel Engenheiro Coelho Cintra foi substituído por uma promoção do projeto “Todo Mundo no Rio”, sem menção à artista, levando internautas a especular se o show seria cancelado, relembrando um episódio de 2017.
O prefeito Eduardo Paes também brincou com a situação em um vídeo postado, relembrando uma famosa frase de Gaga e gerando discussões nas redes sociais.
A produtora Bonus Track afirmou que a troca do cartaz já estava planejada como parte da estratégia para promover a iniciativa “Todo Mundo no Rio”. Em nota, a produtora explicou que tal instalação se tornou uma tradição para grandes eventos na cidade e reafirmou seu compromisso com a imagem do projeto.