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Estudo revela que 19% das crianças brasileiras têm problemas de visão

Estudo revela que 19% das crianças brasileiras têm problemas de visão
Foto: Reprodução

Um levantamento do projeto social Em Um Piscar de Olhos revelou que 19% das crianças e adolescentes brasileiros, entre 6 meses e 15 anos, apresentam algum tipo de condição oftalmológica. O estudo, que contou com a participação de 110.700 jovens em nove estados, destaca que muitos desses jovens não usam a correção adequada, o que pode afetar seriamente seu aprendizado e, em alguns casos, até mesmo levar à evasão escolar.

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) também manifestou preocupação com a crescente prevalência de problemas visuais entre as crianças. O aumento dos *erros refrativos*, que ocorrem quando o feixe de luz se desvia ao passar pelo olho, é uma preocupação. Condições como miopia, hipermetropia e astigmatismo são as mais comuns, afetando aproximadamente 23 milhões de crianças e adolescentes no Brasil.

Identificar problemas de visão em crianças pode não ser simples. O oftalmologista pediátrico Mauro Plut explica que “se a criança nunca enxergou bem, dificilmente percebe que há algo errado”. O cérebro infantil frequentemente compensa déficits visuais devido a sua adaptabilidade.

Sinais de alerta para pais e professores

Familiares e educadores devem estar atentos a diversos sinais que podem indicar problemas de visão:

  • Fechar um dos olhos para enxergar melhor.
  • Ter dificuldade para copiar a lição.
  • Precisar se sentar próximo à lousa.
  • Dores de cabeça frequentes.
  • Coceira ou vermelhidão nos olhos.

A oftalmologista Júlia Rossetto, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, adverte que outros indicadores incluem esbarrar frequentemente em objetos e dificuldades em reconhecer pessoas e placas. Se não tratados, esses problemas de visão podem prejudicar o desempenho escolar e a socialização, impactando o desenvolvimento visual da criança.

Ela ressalta que as primeiras consultas ao oftalmologista devem acontecer no primeiro ano de vida, e entre 3 e 5 anos, um exame mais completo é recomendado. O acompanhamento deve ser anual ou bienal, se a saúde ocular estiver estável.

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