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Wolney Queiroz e Sergio Moro discutem denúncia de fraude no INSS em audiência

Wolney Queiroz e Sergio Moro discutem denúncia de fraude no INSS em audiência
© Divulgação

Durante uma audiência na Comissão de Fiscalização do Senado, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil-AP), trocaram farpas a respeito de uma denúncia de fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) datada de 2020.

Wolney questionou Moro diretamente: “Um servidor, em 2020, denunciou à Polícia Federal que havia descontos indevidos, que havia fraude. Estas denúncias foram feitas em 2020, senador. Parece que Vossa Excelência era o ministro da Justiça nessa época. Vossa Excelência fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”.

Em retórica, Moro respondeu: “Os fatos nunca foram informados a mim como foram informados a Vossa Excelência expressamente na reunião lá em 2023. Se alguém se omitiu aqui foi Vossa Excelência nessa apuração”.

De acordo com uma reportagem da TV Globo, um funcionário da direção central do INSS procurou a Polícia Federal em setembro de 2020 após ter recebido ameaças de morte. Contudo, a investigação da PF sobre as denúncias foi encerrada em 2024 sem nenhum indiciamento.

Moro, logo após o embate, esclareceu que já havia deixado o Ministério da Justiça em setembro de 2020, cargo que ocupou até abril do mesmo ano, alegando intervenções do presidente Bolsonaro na PF.

Durante a sessão, senadores de oposição pressionaram para a abertura de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre o INSS. Wolney declarou que é “pessoalmente” a favor da comissão, mas expressou preocupação de que isso possa atrapalhar investigações ou atrasar ressarcimentos às vítimas. Ele comentou: “…eu tenho medo de que, instalada uma CPMI, ela possa vir a ser palco político, de que possa atrasar o ressarcimento, de que possa atrapalhar as investigações”.

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), confirmou que irá assinar o requerimento para a CPMI. Por sua vez, Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, fez questão de responder ao bolsonarista Eduardo Girão, afirmando que o vento vai “mudar de lado e vai ficar claro quem montou esse trambique”.

Segundo Wagner, a Casa não possui a mesma estrutura que a Polícia Federal e outros órgãos de controle para realizar investigações profundas, dizendo: “Eu não assinei [a CPMI], mas talvez eu assine, porque esse vento vai mudar de lado e vai ficar claro quem montou esse trambique aí”.

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