A Prefeitura de Ipatinga anunciou que mais de 1.200 empregos temporários foram gerados durante as celebrações dos 61 anos da cidade. Para avaliar a veracidade dessa informação, a reportagem da VOX consultou especialistas do setor de eventos.
Bruno Freire, produtor de eventos e diretor da Mais Vip Produções, acredita que a estimativa é plausível. Ele afirma: “Se considerarmos segurança, estrutura, montagem, limpeza, técnicos, produção artística e o comércio informal ao redor dos eventos, esse número pode se sustentar”.
Ele explica que o custo médio de um profissional de segurança varia entre R$ 120 a R$ 150 por dia, enquanto montadores de palco recebem entre R$ 200 e R$ 300. Ajudantes e auxiliares, por sua vez, ganham, em média, R$ 100. “Eventos de grande porte, como o realizado em Ipatinga, podem empregar de 400 a 600 trabalhadores diretos, além de muitos indiretos, especialmente no comércio e serviços”, acrescentou Bruno.
“Essa movimentação gera emprego e renda, refletindo na economia local”
Uma fonte anônima, que prestou serviços durante o evento, corroborou a estimativa e sugeriu que, considerando a totalidade dos serviços prestados, o número de 1.200 pode ser até superado. “Muitos trabalharam, particularmente nas áreas de montagem, alimentação e segurança”, comentou.
Ele enfatiza que, apesar de muitos trabalhadores atuarem informalmente, as empresas organizadoras controlam uma boa parte das contratações. “Mesmo sem contrato CLT, o serviço é prestado, e a renda é gerada. São pessoas que voltam para casa com dinheiro devido ao evento”.
Bruno Freire defende a economia criativa como um motor para o desenvolvimento local, afirmando que eventos desse tipo têm um enorme potencial para movimentar a economia e aquecer o mercado de trabalho temporário: “A cultura não é gasto, é investimento”.