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Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto percentual na reunião de hoje

Copom deve elevar Selic em 0,5 ponto percentual na reunião de hoje
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Pressionado pelo aumento dos preços de alimentos e de energia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira, dia 7, para definir em quanto irá ajustar a taxa Selic. A expectativa é de que essa elevação seja a última antes de uma pausa no ciclo de aperto monetário.

Se a alta for confirmada, será a sexta elevação consecutiva da Selic. De acordo com o boletim Focus, um levantamento recente feito com analistas, a taxa básica de juros deve subir 0,5 ponto percentual, passando de 14,25% para 14,75% ao ano.

No comunicado da reunião anterior, realizada em março, o Copom havia sinalizado que os aumentos seriam em “menor magnitude” em relação às três elevações consecutivas de 1 ponto percentual anteriores. Para a reunião de maio, no entanto, nada foi afirmado sobre o que se seguiria. O comunicado ressaltou que a economia brasileira continua aquecida, mas que há incertezas internacionais devido à política comercial dos Estados Unidos.

A decisão do Copom será anunciada ao final do dia. Desde junho a agosto do ano passado, a Selic chegou a 10,5% ao ano e, a partir de setembro, começou a ser elevada, com a sequência de altas: 0,25 ponto, 0,5 ponto e três de 1 ponto percentual.

Inflação

Na ata da reunião passada, o Copom sugeriu prudência ao analisar uma possível desaceleração econômica, ressaltando que a desancoragem das expectativas de inflação exige juros altos por mais tempo. Embora existam sinais de moderação no crescimento econômico, o cenário de inflação para o curto prazo continua desafiador.

O último boletim Focus indicou que a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do Brasil, em 2025 está em 5,53%, uma leve queda em relação a 5,65% há quatro semanas. Essa taxa está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a até 4,5% devido ao intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é fundamental para as negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e é a referência para as outras taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. O BC atua diariamente, comprando e vendendo títulos públicos federais, para manter a taxa de juros perto do valor definido nas reuniões.

Quando o Copom aumenta a Selic, a intenção é conter a demanda aquecida, o que reflete nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Por outro lado, ao reduzir a Selic, espera-se que o crédito se torne mais acessível, incentivando a produção e o consumo, e assim, reduzindo a inflação e estimulando a economia.

O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia, são realizadas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e global, além do comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, a diretoria do BC analisa as possibilidades e define a Selic.

Meta Contínua

Com o novo sistema de meta contínua, em vigor a partir deste mês, a meta de inflação a ser perseguida pelo BC, definida pelo CMN, é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, os limites são de 1,5% a 4,5%.

Esse modelo permite que a meta seja apurada mensalmente, com base na inflação acumulada em 12 meses. A cada novo mês, a inflação acumulada desde o mês anterior é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. O último Relatório de Inflação, publicado pelo Banco Central no final de março, manteve a previsão de fechamento do IPCA em 2025 em 5,1%, embora essa estimativa possa ser revisada dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no final de junho.

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