O Ministério da Agricultura confirmou, nesta sexta-feira, 16, o primeiro foco de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade – IAAP) em uma granja comercial no Brasil. O caso foi registrado em um matrizeiro (granja de produção de ovos férteis) localizado em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Desde 2006, o vírus circula principalmente na Ásia, África e no norte da Europa. Em nota, o ministério destacou: “Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil”.
De acordo com a pasta, a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e ocorre, na maioria das vezes, entre tratadores ou profissionais que têm contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, informou o ministério.
As medidas de contenção e erradicação do foco já foram iniciadas, conforme previsto no Plano Nacional de Contingência. Essas iniciativas visam não apenas debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e a segurança alimentar da população.
O ministério reafirmou que os parceiros comerciais do Brasil, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), além dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, serão comunicados sobre a situação. Desde os anos 2000, o Serviço Veterinário brasileiro está sendo capacitado para enfrentar a gripe aviária. Isso inclui ações de monitoramento de aves silvestres, vigilância epidemiológica e treinamentos de técnicos dos serviços veterinários.
Até o momento, o Brasil registrou casos de gripe aviária apenas em aves silvestres e domésticas (granjas de fundo de quintal) em 2023, totalizando 166 focos até agora, sendo 163 em aves silvestres e três na produção de subsistência.