BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O lançamento do novo crédito consignado gerou aproximadamente R$ 8 bilhões em empréstimos no primeiro mês de operação, segundo informações do secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto.
Durante um evento promovido pela CNN Brasil, o secretário destacou que as taxas de juros aplicadas nesse novo modelo de crédito estão em média 50% inferiores às taxas de empréstimos não garantidos no Brasil. Ele mencionou uma forte competição entre as instituições financeiras dentro do aplicativo: “A gente está tendo uma competição enorme entre as instituições financeiras dentro do aplicativo”.
A partir de seus dados, Pinto revelou que entre 60% e 70% dos empréstimos foram destinados à renegociação de dívidas, elucidando que a possibilidade de um período de quitação mais longo resulta em uma redução de até um terço das parcelas para os consumidores.
“Os clientes estão fazendo a troca de dívidas com juros elevados por opções mais acessíveis”, afirmou o secretário. Ele também esclareceu que, nos primeiros 120 dias após a publicação da medida provisória, a concessão de crédito para quem já possui dívidas está condicionada ao pagamento da dívida anterior: “Para quem não tem dívidas, a concessão de crédito é livre”.
Em um painel anterior, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo sobre as perspectivas do crédito consignado privado e mencionou que os grandes bancos devem começar a oferecer essa modalidade em suas próprias plataformas a partir do dia 25. Haddad acredita que isso trará uma mudança significativa na escala e qualidade dos serviços oferecidos.
Como funciona o crédito consignado para trabalhadores
O crédito consignado, denominado Crédito do Trabalhador, está disponível para trabalhadores com carteira assinada, incluindo domésticas, trabalhadores rurais e MEIs (Microempreendedores Individuais). A consulta e contratação do empréstimo podem ser realizadas por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital).
A margem consignável para os trabalhadores é limitada a 35% do salário bruto, e eles podem simular propostas de crédito diretamente pela plataforma. Caso a renda do trabalhador diminua durante o contrato, o banco pode renegociar os termos do empréstimo.