Servidores do INSS estão preocupados com a nova proposta de compensação dos dias parados durante a greve que se estende até dezembro de 2025. A Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social) considera o prazo “inviável” tanto do ponto de vista humano quanto técnico.
De acordo com a proposta do INSS, a reposição ocorrerá por meio de metas e produtos, ao invés de horas, e a gestão está disposta a prorrogar os prazos se necessário. Recentemente, durante a Mesa Setorial da Carreira do Seguro Social, foram discutidos detalhes sobre a operacionalização do novo sistema de reposição. Uma portaria foi alterada para fornecer diretrizes sobre a compensação dos dias em que os servidores participaram da greve.
A Fenasps critica as exigências impostas, argumentando que elas visam desmobilizar os trabalhadores e sugerindo que as informações relevantes sobre a compensação não têm sido disponibilizadas de forma clara e acessível. O INSS, no entanto, afirma que os servidores têm acesso às informações sobre seus débitos e compensações através do sistema Sisref.
Em resposta às demandas dos trabalhadores e da população, o Sinssp-BR declarou que busca soluções reais para a compensação dos débitos. Durante discussões, ficou evidente que o novo programa de gestão, que aumentou a jornada de trabalho em 30%, torna difícil que a reposição total ocorra até dezembro de 2025. O INSS se comprometeu a monitorar a situação mensalmente e revisar os prazos se necessário.
Outra questão levantada é que servidores com formação específica em áreas como serviço social e fisioterapia terão que compensar através de avaliações sociais, uma medida também contestada pela Fenasps por reforçar a fragmentação do trabalho de equipe.