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Haddad prevê transformação no Brasil com nova reforma tributária

Haddad prevê transformação no Brasil com nova reforma tributária
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje (28), em São Paulo, que o Brasil poderá “viver uma situação nova” em virtude da reforma tributária.

“Se tem uma coisa que me dá otimismo, é essa reforma. Ela é muito mais profunda do que se pode imaginar e está lidando com questões centrais para o aumento da produtividade da economia brasileira. Porque a disputa, a partir dessa reforma, não se dará entre as empresas por quem tem o melhor planejamento tributário, mas de quem é mais produtivo”, destacou.

Haddad informou que o governo já está desenvolvendo um sistema que entrará em funcionamento a partir de 1º de janeiro do próximo ano, com o objetivo de facilitar e simplificar a tributação no país. “Acho que nós estamos preparados para não dar um salto apenas legislativo. Eu acho que nós vamos dar um salto de TI [tecnologia da informação] no Brasil, como poucos países têm condição de fazer”, acrescentou.

O ministro garantiu que, com essa reformulação, não haverá mais guerre fiscal no país: “O Brasil, que sempre patinou a vida toda nessa área, vai poder dar um salto de qualidade. Penso realmente que o Brasil vai viver uma situação nova”.

Durante o evento J. Safra Macro Day, Haddad também anunciou sua viagem à Califórnia na próxima sexta-feira, onde apresentará o plano nacional de data centers, uma iniciativa que, segundo ele, pode melhorar substancialmente os investimentos no Brasil.

“Queremos começar a divulgar o marco regulatório do Plano Nacional de Data Center. Somos deficitários na balança de serviços, 60% da nossa TI é contratada fora do país, o que representa não só gastos em dólares, mas também subinvestimento interno”, ressaltou.

Turbulência Estrangeira

O ministro se mostrou optimista quanto ao crescimento do Brasil neste ano, mesmo frente às turbulências internacionais. “Nós estamos falando de um cenário em que o Brasil tem tudo para crescer, mesmo com as turbulências geopolíticas que estão acontecendo, que, na minha opinião, deverão ser resolvidas ainda este ano. O Brasil, em qualquer cenário, se cumprir com este programa econômico atual, se desenvolverá de forma sustentável”, declarou.

Entretanto, ele destacou que é necessário ter «prudência» ao analisar os possíveis impactos da política de taxação do governo norte-americano, dada à incerteza do cenário econômico global. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem muita autoridade com os BRICs e no G20, o que é um ativo valioso para nós”, afirmou.

Haddad enfatizou a abertura dos canais de comércio com os EUA, China e Europa, ao mesmo tempo que se busca fortalecer o multilateralismo. “O Brasil é uma economia grande demais para ser satélite de outra”, concluiu.

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