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Fraudes no Pix crescem 80% e atingem R$ 6,5 bi em 2024, revela BC

Fraudes no Pix crescem 80% e atingem R$ 6,5 bi em 2024, revela BC
© Shutterstock

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Banco Central (BC) recebeu mais de 11 milhões de queixas de fraude no Pix no ano passado, resultando em 4,7 milhões de ocorrências confirmadas, que somaram quase R$ 6,5 bilhões em prejuízos para os correntistas.

Em comparação a 2023, o número de fraudes aumentou em aproximadamente 80%, quando foram registradas apenas 2,6 milhões de ocorrências. Nos casos confirmados em 2024, o BC conseguiu devolver cerca de R$ 459 milhões, representando apenas 7% do total movimentado em golpes financeiros, roubo de contas e extorsões.

As informações foram obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação e fazem parte dos sistemas de monitoramento no Pix Fraud Maker do BC e no registro de solicitações de devolução.

Os dados incluem apenas as solicitações feitas por meio do MED (Mecanismo Especial de Devolução), criado em novembro de 2021. O fiscalizador recebeu 5 milhões de pedidos de devolução, aceitando somente 1,56 milhão. A razão das recusas varia entre contas encerradas e saldos insuficientes. Quase R$ 5 bilhões em transações fraudulentas não foram estornados.

Mesmo nos casos aceitos, a devolução pode ser parcial, dependendo do saldo na conta de destino. Em janeiro, por exemplo, o BC confirmou a devolução de R$ 200 milhões em transferências irregulares, mas o valor efetivamente devolvido foi de apenas R$ 21 milhões, demonstrando que a taxa média de retorno neste ano é de 22%.

O motivo mais comum para recusa é a falta de saldo nas contas de destino, que representa 86% dos casos. As contas vazias são uma tática utilizada por quadrilhas que dispersam quantias por meio de contas laranjas, dificultando a recuperação de valores, conforme explica José Roberto Kracochansky, fundador da fintech Jazz Tech.

Apesar do mecanismo de rastreamento Dict, que ajuda a identificar transações, a trilha do dinheiro se perde após várias transferências, variando entre os bancos.

O manual operacional do Dict permite que instituições financeiras marquem CPFs ou CNPJs de clientes envolvidos em fraudes, podendo até encerrar contas vinculadas a atividades criminosas.

Vítimas de fraudes devem solicitar a devolução à instituição financeira em até 80 dias após o golpe. O banco então avalia o caso, e se entender que a solicitação é válida, bloqueia o valor na conta do recebedor.

Atualmente, esse processo exige que o atendimento seja feito pelo banco. No entanto, em abril, o BC anunciou que está implementando um sistema de autoatendimento para o MED, permitindo que os usuários contestem transações através do aplicativo.

Como devolver um Pix errado?

  • Acesse a área Pix do banco;
  • Vá em Extratos e clique em ‘Devolver’;
  • O valor será retornado ao remetente original.

Como solicitar a devolução do Pix após golpe?

  • Faça reclamação à sua instituição financeira em até 80 dias após a fraude;
  • Aguarde a análise do banco, com prazo de sete dias.

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