Página inicial / Notícias / Economia / EUA e seu protecionismo: como isso fortalece o BRICS sob presidência do Brasil

- Publicidade -

EUA e seu protecionismo: como isso fortalece o BRICS sob presidência do Brasil

EUA e seu protecionismo: como isso fortalece o BRICS sob presidência do Brasil
© Lusa

O ministro da agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (17) que o atual cenário de confrontos comerciais liderado pelos Estados Unidos, marcado por um protecionismo sem precedentes, está impulsionando o fortalecimento do bloco do BRICS, presidido pelo Brasil em 2024.

Durante uma reunião dos ministros da Agricultura do BRICS, realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Fávaro declarou: “Essa afronta do governo norte-americano e o protecionismo nos motivam ainda mais a fortalecer esse bloco geopolítico e buscar novas oportunidades”.

O ministro também destacou que as tensões comerciais recentes entre os EUA e a China podem beneficiar diretamente o agronegócio brasileiro. Ele mencionou a decisão do governo chinês de suspender as licenças de exportação de cerca de 400 frigoríficos norte-americanos, o que poderia abrir espaço para que o Brasil aumente sua participação como fornecedor de carne bovina para a China. “Alguém vai precisar fornecer essa carne que os americanos deixaram de enviar. O Brasil se apresenta com muita disposição e capacidade. Tenho certeza de que vamos ocupar esse espaço”, afirmou Fávaro.

A presidência brasileira do BRICS também destacou, em comunicado oficial, a importância do bloco na produção global de alimentos. Atualmente, os países que compõem o BRICS concentram:

  • 30% das terras agrícolas do planeta
  • 30% da pesca extrativa
  • 70% da produção aquícola
  • Aproximadamente metade da população mundial

Além disso, o BRICS abriga mais da metade dos 550 milhões de estabelecimentos agrícolas familiares do mundo, que são responsáveis por cerca de 80% da produção global de alimentos em valor.

Fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS foi recentemente ampliado com a inclusão de Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia. A Arábia Saudita também foi convidada, mas ainda não confirmou sua adesão oficial.

A reunião dos ministros da Agricultura em Brasília deve resultar na assinatura de um documento que será apresentado na cúpula dos chefes de Estado e de Governo do BRICS, agendada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.

Compartilhe

WhatsApp
X
Threads
Facebook
LinkedIn
Telegram

- Publicidade -

Últimas notícias