SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na última sexta-feira (25), a China negou, mais uma vez, a afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegando que seu governo está em conversas com Pequim para um acordo sobre tarifas.
Em comunicado divulgado pela Embaixada da China nos EUA, o Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou: “A China e os EUA NÃO estão realizando nenhuma consulta ou negociação sobre tarifas. Os EUA devem parar de criar confusão”.
Trump, em entrevista à revista Time, havia declarado que havia conversado por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre a guerra tarifária que envolve os dois países. Ele mencionou que consideraria uma ‘vitória’ se as tarifas fossem reduzidas para 50% e que esperava acordos comerciais nas próximas três ou quatro semanas.
Além disso, o presidente dos EUA afirmou que a iniciativa de contato partiu de Xi, mas não deu detalhes sobre quando a conversa ocorreu ou o que foi discutido, mencionando apenas: “Ele telefonou. E não acho que isso seja um sinal de fraqueza da parte dele”.
Em resposta, a China destacou a importância de estarem preparados para eventuais “cenários extremos” e que estão elaborando um plano de emergência para lidar com as crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos.
O Ministério do Comércio da China afirmou: “É necessário aumentar o nível de consciência política e adotar uma abordagem sistêmica, consolidando reflexões com base em linhas vermelhas e cenários críticos, focando na prevenção e mitigação de riscos comerciais”.
No encontro do G20, a China também manifestou que o crescimento econômico mundial está “insuficiente”, dadas as incertezas criadas por guerras comerciais e tarifárias.
O ministro das Finanças da China, Lan Foan, pediu que todos os países reforcem a cooperação multilateral, destacando que a China apoia diálogos e consultas “em pé de igualdade” para a solução de disputas comerciais.
Cobrindo as implicações econômicas, o presidente do Banco Popular da China, Pan Gongsheng, alertou que a fragmentação econômica e as tensões comerciais têm atrapalhado as cadeias de suprimentos, afetando negativamente o crescimento econômico global.
Em nota emitida pela mídia estatal, foi relatado que a China está isentando algumas importações dos EUA de tarifas de 125% e pediu que as empresas identifiquem produtos essenciais que deveriam ser isentos, visando apoiar as empresas e trabalhadores mais afetados.
Por fim, as tensões comerciais entre as duas economias mais robustas do mundo aumentaram, especialmente após o recente aumento das tarifas sobre produtos importados da China, resultando em tarifas adicionais de até 145% devido a práticas que os EUA consideram injustas. Em resposta, a China implementou novas tarifas de 125% sobre produtos americanos.