O Brasil se destacou na produção de cana-de-açúcar com uma estimativa de 676,96 milhões de toneladas para o ciclo 2024-2025, marcando a segunda maior safra já registrada. Embora este valor represente uma queda de 5,1% em relação à safra anterior, o número reafirma a importância do país no cenário agrícola mundial.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que a redução na produção se deve a fatores climáticos adversos, como baixas chuvas e altas temperaturas na Região Centro-Sul, que é responsável por 91% da produção nacional. Além disso, incêndios nos canaviais afectaram a produtividade, que ficou em 77.223 quilos por hectare.
Produção por Regiões
O Sudeste, principal região produtora, colheu 439,6 milhões de toneladas, resultando em uma diminuição de 6,3% em comparação com a safra anterior, apesar de um aumento de 7,5% na área cultivada.
No Centro-Oeste, a colheita alcançou 145,3 milhões de toneladas, com uma leve alta de 0,2%. Já na Região Nordeste, a produção está estimada em 54,4 milhões de toneladas, uma redução de 3,7%.
Produção de Açúcar e Etanol
A queda na produção de cana também impactou a produção de açúcar, que deve totalizar 44,1 milhões de toneladas, enquanto a produção de etanol teve um crescimento de 4,4%, alcançando 37,2 bilhões de litros.
A Conab observou que 7,84 bilhões de litros de etanol foram feitos a partir do milho, um aumento de 32,4% em relação ao ciclo anterior.
Exportações
As exportações de açúcar se mantiveram estáveis, com o Brasil atingindo 35,1 milhões de toneladas, embora a receita tenha caído 8,2% para US$ 16,7 bilhões. As exportações de etanol, no entanto, diminuíram 31%, totalizando 1,75 bilhão de litros.