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Análise do Mercado de Trabalho: Crescimento e Desigualdade em Vagas

Análise do Mercado de Trabalho: Crescimento e Desigualdade em Vagas
© Reuters

O cenário atual do mercado de trabalho no Brasil apresenta um dinamismo que, embora aparente, esconde desafios sérios como a precarização e a polarização das vagas disponíveis. Segundo dados recentes, a taxa de desocupação média do ano passado foi de 6,9%, um número que reflete uma leve melhora se comparado a períodos anteriores, mas que esconde a realidade de salários inferiores à média no país.

O economista Nelson Marconi, da FGV/EAESP, elucida que a criação de empregos tem sido concentrada em setores que requerem alta qualificação e oferecem melhores salários, enquanto a maioria das novas vagas está em funções com baixa remuneração. Esta polarização pode estar relacionada ao suporte descente da população ao governo Lula, em parte influenciado pela elevação dos preços dos alimentos.

O estudo aponta que, em 2012, a criação de vagas no setor privado era mais equilibrada, mas desde então houve um aumento significativo na quantidade de trabalhadores em áreas menos qualificadas. Por exemplo, aproximadamente 2,39 milhões de novas oportunidades surgiram no comércio, mas a remuneração nessa categoria se manteve abaixo da média, indo de 0,76 para 0,80 em relação à média de salários que é considerada como 1.

  • Transporte e Armazenamento: 1,24 milhão de novos postos com queda salarial (de 0,81 para 0,74).
  • Área Profissional: 1,29 milhão de novos empregos, mas a renda caiu de 2,89 para 2,14.

Além da criação de vagas, o aumento da renda media foi de 12,8% acima da inflação em comparação a 2012, como indica o relatório. Contudo, a precarização estrutural e a desigualdade permanecem questões preocupantes, afetando especialmente aqueles com menor escolaridade, onde a informalidade atingiu 38,7%.

A avaliação final dos especialistas sugere que o Brasil continua em um caminho de desigualdade crescente, refletindo um quadro onde benesses sociais são necessárias para suportar a falência do sistema de pagamentos e a precariedade do mercado.

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