Força armada da Marinha se posiciona contra acusações de envolvimento em trama para derrubar o governo após eleições de 2022
A Marinha do Brasil negou nesta quarta-feira (27/11) as acusações de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, descritas no relatório da Polícia Federal (PF). Segundo a instituição, “não houve ordem, planejamento ou mobilização de veículos blindados” com objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito.
A força armada também afirmou que está à disposição para colaborar com as investigações e reiterou o compromisso de seus recursos e estruturas com o cumprimento das funções constitucionais. A nota foi uma resposta às revelações do relatório da PF, que mencionam o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, como aliado estratégico do plano golpista.
O documento da PF aponta trocas de mensagens entre investigados, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, indicando que tanques de guerra estariam à disposição no arsenal da Marinha. A instituição, porém, rejeitou qualquer desvio de finalidade de seus meios navais e blindados.
A investigação da PF, que indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, revelou o plano denominado Punhal Verde Amarelo, que previa a eliminação de figuras centrais do governo, como Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, além de mobilizações militares para sustentar o golpe. Todos os indiciados negam envolvimento.
O relatório também destaca o uso de grupos secretos em aplicativos como Signal para coordenar ações e a elaboração de estratégias de fuga para Bolsonaro, caso sua chapa fosse cassada ou o STF interviesse no Executivo.
Foto destaque: Reprodução
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