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Justiça absolve Samarco, Vale e BHP Billiton pelo desastre de Mariana, nove anos após rompimento da barragem

Justiça absolve Samarco, Vale e BHP Billiton pelo desastre de Mariana, nove anos após rompimento da barragem
Justiça absolve Samarco, Vale e BHP Billiton pelo desastre de Mariana, nove anos após rompimento da barragem

Decisão do Tribunal Regional Federal de Ponte Nova aponta ausência de provas para responsabilização criminal dos envolvidos no rompimento que deixou 19 mortos e causou graves danos ambientais

Após quase uma década do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a Justiça Federal absolveu a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, além da empresa VogBR e sete executivos, entre eles o então presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. A decisão foi proferida pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região, em Ponte Nova, e divulgada nas primeiras horas desta quinta-feira (14). Segundo o tribunal, faltam provas que estabeleçam responsabilidade criminal direta dos acusados no desastre.

Em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) havia denunciado 22 pessoas e quatro empresas, incluindo a Samarco, por crimes como homicídio qualificado, desabamento e danos ambientais. Contudo, os crimes de homicídio foram retirados do processo em 2019, após a Justiça concluir que as mortes foram consequência da inundação causada pelo rompimento. Ao longo dos anos, diversos crimes ambientais associados ao caso prescreveram, e agora todos os acusados foram absolvidos.

Apesar da decisão no Brasil, o escritório Pogust Goodhead, que representa vítimas em Londres, trouxe novas revelações durante julgamento na Justiça inglesa. Segundo documentos de 2010, a BHP já estimava que um colapso poderia causar até 100 mortes e previa gastos bilionários em indenizações e compensações. Mesmo ciente do risco à população de Bento Rodrigues, nenhuma simulação de evacuação foi realizada.

O rompimento da barragem, em 5 de novembro de 2015, liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, devastando comunidades, contaminando o Rio Doce e seus afluentes e impactando o Oceano Atlântico. Com 19 mortos e vastos danos ambientais e sociais, o desastre é considerado um dos maiores da mineração brasileira. O MPF já anunciou que vai recorrer da absolvição.

Foto destaque: Reprodução/Antônio Cruz

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