O delator Antônio Vinícius Lopes Gritzbach era um “arquivo vivo” contra o PCC e optou por segurança privada em vez do Provita
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC e conhecido como “arquivo vivo” devido à sua relação com a facção criminosa, foi morto a tiros no aeroporto de Guarulhos, na última sexta-feira (08/11). Gritzbach havia recusado o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), oferecido pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). O empresário argumentou que o programa, que exige mudança de identidade e de local de residência, não se adequava ao seu estilo de vida e preferiu contratar uma escolta particular formada por policiais militares. Quatro desses agentes foram afastados após a morte do empresário.
Gritzbach, que firmou acordo de delação premiada em março, estava em posição estratégica para fornecer informações sobre o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, especialmente no setor imobiliário. Ele também planejava uma segunda delação que poderia implicar agentes da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) ligados ao crime organizado. Na semana anterior à sua morte, ele denunciou à Corregedoria da PCSP que policiais teriam levado relógios de luxo de sua casa; um dos relógios teria sido visto no braço de um dos agentes nas redes sociais.
A promotoria declarou que, enquanto a Corregedoria investiga as alegações de Gritzbach, o Ministério Público acompanhará o caso, comprometendo-se em apoiar as investigações para que o crime seja esclarecido rapidamente.
Foto destaque: Reprodução/redes sociais
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