Polícia Federal realiza buscas e apura fraudes em sistema de filiação partidária do TSE
A Polícia Federal iniciou, nesta quarta-feira (30/10), a Operação Infiliatio, investigando um caso de inserção fraudulenta de dados no Sistema de Filiação Partidária (Filia) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que registrou indevidamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como filiado ao Partido Liberal (PL). O partido, tradicionalmente associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, teve seu sistema usado para a filiação indevida em julho de 2023, sem consentimento de Lula.
A operação cumpriu um mandado de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, concentrando-se em um funcionário do PL, encarregado da moderação de filiações, que é apontado como o principal suspeito de realizar a manipulação. A investigação foi motivada por uma notícia-crime vinda do TSE, que identificou a filiação anômala do presidente ao PL, caracterizando o uso de dados falsos desde o início do procedimento de registro.
O TSE detalha que a fraude não envolveu uma invasão de sistema, mas o preenchimento fraudulento do formulário digital do PL, disponível ao público para novos registros de filiação. O formulário exigia informações pessoais, uma selfie, upload de documentos e aceitação dos termos de filiação. De acordo com a Resolução nº 23.596 do TSE, que regulamenta o registro de filiados, o uso de informações inverídicas viola a lei eleitoral.
Os envolvidos podem responder por invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade. A investigação segue para apurar outras possíveis fraudes e entender as motivações dos envolvidos.
Foto destaque: Reprodução/Hugo Barreto
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