SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cantor americano Smokey Robinson, de 85 anos, está sendo alvo de graves acusações de assédio sexual e estupro por quatro mulheres.

As supostas vítimas foram empregadas domésticas na casa do artista entre 2007 e 2023.

O processo judicial foi protocolado em Los Angeles na última terça-feira (6). A esposa do cantor, Frances Gladney Robinson, também está sendo processada, sob a alegação de que sabia das supostas violências e não tomou providências para impedir.

Segundo as denúncias, todas as vítimas relatam ter sido atacadas múltiplas vezes na residência de Smokey e Frances, sendo o primeiro caso registrado em 2007.

De acordo com informações do TMZ, as alegações apresentadas contêm dados coerentes entre si. As ex-funcionárias afirmam que eram chamadas ao quarto do cantor sempre que a esposa se ausentava, onde eram forçadas a manter relações sexuais contra sua vontade. As agressões relatadas incluem sexo oral forçado e penetração, mesmo com as vítimas resistindo e dizendo “não”.

As mulheres ressaltaram que Smokey utilizava uma toalha na cama antes de consumar as violências, visando evitar deixar vestígios. Pelo menos duas vítimas afirmaram que ele ejaculou dentro delas sem o uso de proteção.

A ação judicial alega estupro, assédio sexual, cárcere privado e violência de gênero, com as vítimas buscando uma indenização total de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 285 milhões).

Smokey Robinson, que atuou como vice-presidente da Motown entre 1961 e 1988, contribuiu para a ascensão de diversos artistas, incluindo Michael Jackson. Nos anos 1950, foi vocalista do grupo The Five Chimes, reconhecido como um dos pioneiros do R&B. Recebeu diversos prêmios Grammy, incluindo o Grammy Lifetime Achievement Award, em reconhecimento ao seu conjunto da obra. Em 2006, foi agraciado com o prêmio Kennedy por sua contribuição à cultura americana.