A Praça dos Três Poderes é vista como um lar por sua frequentadora fiel, Raimunda Rodrigues, de 63 anos, que se refere ao local como “minha mãe”. Com mais de 40 anos de trabalho ali, ela oferece miniaturas de estátuas, como “Os Candangos”, e afirma que é crucial melhorar a estrutura da praça, a mais emblemática do Brasil, situada no encontro do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal.

Projeto e Obras

Na última terça-feira (22), foi celebrada uma parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o governo do Distrito Federal para revitalizar a Praça dos Três Poderes, com um investimento estimado em R$ 22 milhões através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O projeto, orçado em R$ 744,6 mil, será parcialmente financiado pela Lei Rouanet (Lei nº 8313/1991), com trabalhos previstos para começar em julho deste ano e término no segundo semestre do ano que vem.

Adicionalmente, o Iphan está alocando mais recursos do Novo PAC: R$ 500 mil para o restauro do Museu Vivo da Memória Candanga e R$ 200 mil para o Catetinho, ambos em parceria com o GDF.

Segurança

Leandro Grass, presidente do Iphan, enfatizou a necessidade de transformações na praça para garantir segurança e fluidez, especialmente após os eventos trágicos de 8 de janeiro de 2023, quando ataques antidemocráticos reclamaram sua parte do espaço. “Essa praça não pode ser um campo de batalha, mas um local de convivência e cultura para o povo”, destacou.

A reforma incluirá a recuperação do piso, restauração de obras de arte, melhorias na iluminação, acessibilidade, drenagem, sinalização turística e instalação de câmeras de segurança. Novos bancos e coberturas também serão adicionados para proporcionar conforto durante visitas em dias quentes ou chuvosos.

As preferências dos moradores foram consideradas por meio de uma consulta pública, que contou com a participação de mais de 100 cidadãos.

Expectativas dos Visitantes

A Praça dos Três Poderes ainda deixa a desejar em termos de movimento, como perceberam o casal carioca Andrea Lourenço, de 48 anos, e Gleifer Machado, de 45 anos. “Esperávamos mais pessoas em um lugar tão importante”, compartilharam, enfatizando a necessidade de uma estrutura melhor.

Ao tomarem conhecimento da revitalização planejada, manifestaram otimismo sobre retornar à praça, com a expectativa de disfrutar de passeios noturnos e atividades culturais.