O vídeo repostado por Trump continha expressões que fazem referência ao nazismo
Nesta terça-feira (21), Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, publicou um vídeo em sua rede social sobre o que aconteceria depois que ele vencesse as eleições presidenciais no país.
No vídeo em questão, um narrador lê manchetes de jornais hipotéticos sobre os resultados do governo de Trump como “Booms econômicos!” e “A fronteira está fechada”. As chamadas pertencem à um estilo bastante utilizado na época da Primeira Guerra Mundial.
Nesse sentido, em dado momento do texto, o narrador fala sobre a criação de um “Reich unificado” no governo de Trump. Essa empressão está altamente relacionada ao governo nazista de Adolf Hitler. Além disso, outra manchete do vídeo afirma “15 milhões de estrangeiros ilegais deportados” próximo ao início e ao fim da Primeira Guerra Mundial.
Tentativa de reverter as coisas
A porta-voz da campanha presidencial de Trump, Karoline Leavitt, afirmou em um comunicado que o vídeo não foi criado pela equipe da campanha e que foi repostado por um funcionário descuidado. No entanto, o vídeo continua no perfil do ex-presidente.
Por outro lado, a campanha do atual presidente, Joe Biden, criticou publicamente a atitude do adversário. O porta-voz da campanha, James Singer, afirmou em um comunicado que Trump deseja governar os Estados Unidos como um ditador.
“América, pare de rolar e preste atenção. Donald Trump não está brincando; ele está dizendo aos Estados Unidos exatamente o que pretende fazer se recuperar o poder: governar como um ditador sobre um ‘reich unificado’”, disse Singer.
Trump e seu comportamento antissemita
Donald Trump, frequentemente, tem falas e comportamentos antissemitas. Nesse sentido, um exemplo é que ex-presidente dos Estados Unidos, continuamente, afirma que os judeus americanos que votam nos “democratas” estão sendo desleais ao seu governo e à Isreal.
Outro exemplo notável são suas alegações que imigrantes, especialmente mexicanos e sul-americanos, estão envenenando o sangue do povo estadunidense. Além disso, Trump já esteve em companhia de figuras publicamente declaradas antissemitas, como Nick Fuentes, supremacista branco e negacionista do Holocauso. Também já foi visto com Kayne West, que tem um longo histórico de declarações antissemitas.
Foto destaque: Reprodução/Mark Peterson