Médica tem 16 anos de profissão, mestrado, doutorado e várias especializações
O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) informou nesta segunda-feira (8) , que abrirá procedimento administrativo para apurar a morte de bebê ocorrida durante um parto no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. De acordo com a família, o bebê teve a cabeça arrancada durante o procedimento, no dia 1º de Maio. As informações foram obtidas pela Itatiaia, rádio da capital mineira.
“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) informa ter tomado conhecimento, pela imprensa, de desfecho desfavorável em parto realizado em Belo Horizonte, e vai instaurar os procedimentos administrativos necessários à apuração dos fatos”, diz trecho da nota.
“Todas as denúncias recebidas, formais e de ofício, são apuradas de acordo com os trâmites estabelecidos no Código de Processo Ético Profissional (CPEP), tendo o médico amplo direito de defesa e ao contraditório. Em conformidade com o CPEP todos os processos correm sob sigilo”, encerra.
A médica ainda não se posicionou sobre o assunto.
Entenda
O parto ocorreu no dia 1º de Maio. Três dias depois, a ocorrência foi registrada na Polícia Civil. De acordo com o documento, a gestante estava grávida de 28 semanas, quando apresentou um quadro de pressão alta. Por causa da situação, ela foi internada no Hospital das Clínicas, onde a equipe médica sugeriu um parto induzido.
O pai da criança e a mãe da grávida acompanharam o procedimento. O homem relatou à polícia que chegou a ver o rosto da filha, mas notou que algo estava errado, como conta a advogada da família, Jennifer Valente.
“Naquele momento (do parto), ele notou que a pontinha da cabeça do bebê começou a ficar cianótico, começou a ficar muito roxo. E o neném começou a mexer com a boca, mostrando uma necessidade, um desespero para respirar. O que também foi possível então constatar uma falta de oxigenação para o bebê. Nesse momento, a equipe médica e todo mundo entrou em desespero. E naquela tensão, a médica responsável pelo parto subiu em cima da barriga da mãe e fez força para tirar o bebê. Nesse momento, que ela fez essa força, a cabeça do feto foi arrancada na hora do corpinho na frente dos pais”, revelou a advogada.
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lamentou profundamente o caso e prestou solidariedade aos familiares. A instituição ressaltou que vai empenhar todos os esforços necessários para apuração dos fatos.
“O caso está sob investigação e, sim, toda a equipe envolvida no procedimento será ouvida. Não há informação sobre afastamentos de profissionais neste momento”, diz nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (8).
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) onde um exame de necrópsia vai confirmar a causa da morte. A Polícia Civil vai investigar o caso.
Para mais notícias clique aqui. Nos siga nas redes sociais! @maisvipoficial