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Gato Galáctico é acusado de apologia ao nazismo

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Gato Galáctico é um youtuber infantil de grande influência no Brasil

Na última quinta-feira (27), Ronaldo Souza, popularmente conhecido como Gato Galáctico, fez uma publicação polêmica em suas redes sociais. Nesse sentido, muitos internautas passaram a acusá-lo de apologia ao nazismo, devido ao conteúdo do post.

Reprodução/X

Na imagem, o Gato Galáctico aparece usando uma camisa verde e bebendo leite puro. Na legenda, é possível notar que ele faz uma crítica à decisão do STF de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

Porém, os internautas apontaram a publicação como polêmica e que vai muito além do que está escrito. A internet acusou Ronaldo de fazer uma referência a um “apito de cachorro”.

Este termo é usado para descrever mensagens com conotações xenofóbicas, racistas e/ou discriminatórias. porém, não são tão fáceis perceber a primeira vista porque, geralmente, são mensagens sutis, camufladas ou codificadas.

Essas mensagens são, porém, de fácil reconhecimento de grupos supremacistas e neonazistas, como uma forma de comunicação.

Nesse sentido, o leite cru seria um destes códigos entre os grupos de supremacistas brancos. Apesar disso, o youtuber nega todas as acusações.

Reprodução/X

É válido lembrar que, desde 1969, a venda de leite cru é proibida no Brasil. Uma vez que pode levar a sérios riscos de saúde pública.

Além disso, outra postagem do youtuber causou polêmica anteriormente. Quando comemorava a chegada de seu segundo filho, um de seus seguidores comentou na postagem que Ronaldo seria o “salvador da raça”. Por sua vez, o Gato Galáctico respondeu ao comentário com um emoji batendo continência.

Reprodução/X

Assim, muitos internautas também consideram a resposta racista.

Supremacia branca e leite cru: qual a relação?

De acordo com a professora Andrea Freeman, da Escola de Direito Richardson da Universidade do Havaí, a primeira associação entre o leite e a supremacia branca aconteceu em 1920, através do Conselho Nacional de Laticínios dos Estados Unidos.

A partir de um panfleto, o órgão assumia que pessoas que consumiam grandes quantidades de leite (geralmente pessoas brancas) eram “progressistas na ciência e em todas as atividades do intelecto humano”.

Semelhantemente, em outro contexto, em 1933, a História da Agricultura do Estado de Nova York afirmou que as raças que consumiam mais leite seriam mais fortes, tanto física quanto mentalmente.

“De todas as raças, os arianos parecem ter sido os que mais bebiam leite e os que mais usavam manteiga e queijo, um fato que pode, em parte, explicar o rápido e elevado desenvolvimento desta divisão dos seres humanos.”

Assim, a professora explica que essa relação entre a raça branca e o leite remonta dos países escandinavos, como Dinamarca e Suécia.

“Embora a maior parte do mundo não consiga digerir leite de uma forma confortável, uma parte da população branca, originária dos frios países escandinavos, onde beber leite de outras espécies era uma ferramenta de sobrevivência, consegue digeri-lo com facilidade”, escreveu a estudiosa em crítica de raças no artigo “Leite, um símbolo do ódio neonazista” (Milk, a symbol of neo-Nazi hate, em inglês)

Foto destaque: Reprodução/Kelvin Brasil

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